Planalto nega à CPI registros de mais uma reunião de Bolsonaro
À época, Bolsonaro discordava de Mandetta sobre isolamento social
atualizado
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O Palácio do Planalto negou nesta segunda-feira (21/06) à CPI da Covid ter registros de uma reunião de Jair Bolsonaro com auxiliares em abril de 2020, no início da pandemia. Na semana passada, a Presidência tampouco enviou informações sobre cinco reuniões de janeiro de 2021.
A CPI havia cobrado acesso a ata e gravação de uma audiência das 14h às 14h50 de 3 de abril de 2020 de Bolsonaro com seus então ministros da Casa Civil, Secretaria de Governo, Defesa e Cidadania (Walter Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos, Fernando Azevedo, e Onyx Lorenzoni). Depois de pedir mais prazo para responder ao requerimento do senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, o Planalto disse não ter feito a ata, e ignorou o pedido sobre a gravação.
À época, Bolsonaro estava publicamente insatisfeito com Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde e defensor de medidas de isolamento social contra a Covid. Poucas horas após essa reunião de Bolsonaro e auxiliares, Mandetta declarou no Planalto que “médico não abandona paciente”. Ele seria demitido duas semanas depois.
Na última semana, a Presidência havia negado à CPI possuir registros sobre encontros oficiais de Bolsonaro com auxiliares em 5, 6, 8, 13 e 15 de janeiro de 2021. Esse pedido havia sido feito pelo senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe.