A Polícia Federal colheu depoimentos do presidente e dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na investigação sobre as ameaças de morte contra a cúpula da agência. As ameaças cobravam que a Anvisa não aprovasse a vacinação da Covid em crianças. Nesta quinta-feira (16/12), a agência deve fazer o oposto: anunciar que o imunizante da Pfizer pode ser aplicado em crianças de cinco a onze anos.
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi à sede da PF em Brasília em 11 de novembro. Os diretores prestaram depoimentos por videoconferência. O inquérito foi aberto pela PF no início do mês passado, quando a diretoria da Anvisa recebeu pelo menos três ameaças de morte por e-mail.
As mensagens foram enviadas logo depois de a Pfizer ter divulgado que pediria o aval da Anvisa para estender a imunização para crianças de cinco a onze anos, como fez nos Estados Unidos. A formalização do pedido da farmacêutica aconteceu no dia 6, quando as mensagens já estavam sob análise da PF.
Em entrevista à coluna, o presidente da Anvisa reagiu às ameaças e cobrou punição para os autores das intimidações: “É muito difícil lidar com isso. Se não for corrigido duramente agora, a gente abre um precedente muito grave de banalizar esse tipo de episódio. Daqui a pouco o Estado democrático de direito deixa de existir”.

O Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo de tempo para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. O reforço agora pode ser tomado quatro meses após a segunda doseRafaela Felicciano/Metrópoles

A decisão, implementada pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios, contempla todas as pessoas acima de 18 anos, independentemente de grupo etário ou profissãoAline Massuca/ Metropoles

Alguns estados, no entanto, reduziram ainda mais o intervalo de uma dose da vacina contra a Covid-19 para outra, como é o caso de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles

Quem tomou a vacina da Janssen, inicialmente de dose única, deverá tomar a segunda dose com dois meses de intervalo. Cinco meses depois, o indivíduo poderá tomar o reforçoRafaela Felicciano/Metrópoles

Mulheres que tomaram a Janssen e, no momento atual, estão gestantes ou puérperas deverão utilizar como dose de reforço o imunizante da PfizerGustavo Alcantara / Metropoles

A decisão de ampliar a oferta da dose de reforço foi tomada com base em estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de OxfordIgo Estrela/Metrópoles

As pesquisas informaram a necessidade de uma dose de reforço após as primeiras vacinações contra a Covid-19, incluindo para quem tomou a JanssenRafaela Felicciano/Metrópoles

Devido à variante Ômicron, órgãos de Saúde de diversos países alertam sobre importância da aplicação de doses de reforço para conter a propagação do vírus e o surgimento de novas cepasAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Agora, o Ministério da Saúde planeja concluir, até maio de 2022, a aplicação da dose de reforço para o público-alvo em todo o paísRafaela Felicciano/Metrópoles