O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi duramente cobrado nesta sexta-feira (18/3) ao inaugurar obras do teleférico do Complexo do Alemão. Ao lado de secretários, Castro ouviu da ativista, internacionalmente premiada como uma das lideranças mais importantes de Direitos Humanos na América Latina, Camila Moradia: “Tem muita família vendo milhões serem gastos no teleférico. Nós não vamos morar no bondinho”.
“Me desculpa atrapalhar o evento, eu entendo que vocês precisam trabalhar”, disse Camila ao governador, pré-candidato à reeleição, e aos secretários estaduais. Entre eles estava Max Lemos, o secretário de Infraestrutura e Obras, responsável pelo projeto de habitação “Casa da gente”. A ativista seguiu: “Eu também preciso, eu sou mãe de família, tenho três filhos pequenos, mas eu preciso de casa”.
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Camila entregou um documento nas mãos de Castro, que se manteve calado e assentiu com a cabeça durante toda a fala da ativista. O governador disse que abriria uma licitação para a construção de 1.300 casas no Alemão, que começará entre abril e maio.
As obras de retomada do funcionamento do bondinho do Alemão custam cerca de R$ 18 milhões aos cofres públicos. A reforma no teleférico, que está sem funcionar desde 2016, pode durar até um ano.
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