Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes recusou pedido do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para levar técnicos à reunião que ambos terão a portas fechadas na tarde desta terça-feira.
Na semana passada, quando o encontro foi articulado, Nogueira, notório questionador das urnas eletrônicas, solicitou que uma equipe de técnicos o acompanhasse na visita ao TSE.
Moraes, então, deu o recado: a reunião deveria envolver apenas ambos. Os técnicos ficariam de fora.
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Daniel Ferreira/Metrópoles ▲
A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro ▲
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo ▲
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF ▲
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão ▲
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente ▲
Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados ▲
O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids ▲
O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois ▲
“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente ▲