Guedes cede à pressão e entra em campanha, mas em círculos reservados

Coordenação da campanha de Bolsonaro vinha pressionando Paulo Guedes a exercer um papel mais ativo na tentativa de reeleger o presidente

Edoardo Ghirotto
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, cedeu à pressão dos coordenadores da candidatura de Bolsonaro e entrou no corpo a corpo da campanha pela reeleição. Até agora, a atuação do ministro estava restrita à geração de medidas econômicas de caráter eleitoral, muitas delas contrárias à agenda da pasta.

A atuação de Guedes está voltada para espaços reservados, como as palestras que o ministro deu nesta quinta-feira (1/9) no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Em São Paulo, Guedes adotou tom de campanha ao discursar em um evento do Instituto Unidos Brasil, que reúne empresários simpáticos ao governo e que defendem a desoneração da folha de pagamento.

Guedes disse que países sul-americanos governados por líderes de esquerda estão com as economias colapsadas e afirmou que a paternidade do auxílio de R$ 600 é de Bolsonaro, e não do Congresso. Ele ainda respondeu a uma pergunta dizendo que não trabalha com a possibilidade de Bolsonaro não se reeleger.

O ministro evitou tocar em temas espinhosos e que já lhe renderam problemas no passado, como a volta da CPMF. Ao tratar da proposta central do evento, Guedes declarou que os empresários conheciam as ideias do governo, mas que poderiam “esquecer” a discussão sobre a desoneração da folha durante o período eleitoral.

Antes da fala de Guedes, os presidentes da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, e do Grupo Guararapes, Flávio Rocha, defenderam a criação de um imposto nos moldes da CPFM.

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A seguir, os candidatos à Presidência
Ciro Gomes, do PDT
Felipe d'Ávila, do Novo
Jair Bolsonaro, do PL
Eymael, do DC
Leonardo Péricles, do UP
Luiz Inácio Lula da Silva, do PT
Simone Tebet, do MDB
Sofia Manzano, do PCB
Vera Lúcia, do PSTU
Luciano Bivar (União Brasil) – Vencedor das prévias do partido, Luciano Bivar está oficializado como pré-candidato
Pablo Marçal (PROS) – O empresário é pré-candidato à Presidência do Brasil pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS)
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