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General Heleno admite fracasso de missão dos militares na Amazônia

Os militares foram utilizados em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem contra delitos ambientais na Amazônia

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
General Augusto Heleno cpi - Metrópoles
1 de 1 General Augusto Heleno cpi - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O general Augusto Heleno reconheceu que os militares falharam na sua missão de combater delitos ambientais na Amazônia entre o fim de 2020 e início de 2021. Ao todo, os militares ficaram 354 dias no Norte do país e, de acordo com o discurso oficial, tiveram êxito na sua missão.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência participou de uma palestra organizada pelo Instituto General Villas Bôas e falou sobre a Amazônia.

Já no fim da sua apresentação, ele afirmou que o governo cometeu “um engano” no ano passado ao dar espaço entre as operações feitas na Amazônia. “Tivemos apoio muito grande de várias entidades, deslocamos tropa, polícia, pessoal do Ibama para área muito grande e não teve o efeito que esperávamos, mas aprendemos muito”, avaliou.

O tom é bem diferente da nota oficial publicada militares ao fim da operação Verde Brasil 2, como ela foi denominada. “Ao longo de quase um ano, a presença permanente da Marinha, do Exército e da Aeronáutica possibilitou a redução no desmatamento”, dizia o texto datado de 30 de abril deste ano.

Entre as medidas citadas na palestra de Heleno para melhorar o combate aos crimes ambientais na Amazônia está o fortalecimento do Ibama. A recomendação tem sua ironia já que o órgão perdeu quase 20% dos servidores desde o início do governo Jair Bolsonaro.

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