Diretor da PF aponta proximidade com STF como razão da demissão

O ministro da Justiça, Anderson Torres, pegou de surpresa o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, ao demiti-lo do cargo

Daniel Haidar
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O ministro da Justiça, Anderson Torres, pegou de surpresa o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, ao demiti-lo do cargo. De acordo com um interlocutor do delegado, Maiurino foi surpreendido com uma visita, em São Paulo, do chefe de gabinete do ministro.

Na tarde dessa sexta-feira, Maiurino recebeu uma ligação do chefe de gabinete, com um pedido-surpresa para encontrá-lo em São Paulo. No encontro, recebeu o aviso de que o ministro precisava falar com ele sobre uma mudança que seria necessária.

Pelo telefone, Maiurino ouviu de Torres que seria exonerado e recebeu, em troca, a oferta de virar secretário nacional de Política sobre Drogas do Ministério da Justiça. Maiurino prometeu avaliar a proposta, mas ainda não aceitou.

Maiurino foi surpreendido, pois estava em agenda na capital paulista, hospedado no hotel Bourbon Ibirapuera.

Um amigo ouviu de Maiurino que pesou para a demissão sua propagada proximidade com ministros do Supremo, em um momento em que eles e o processo eleitoral voltaram a ser alvo de Bolsonaro.

Maiurino recebeu ligações de ministros do STF depois da demissão. Ele foi secretário de Segurança do STF na presidência de Dias Toffoli.

Maiurino costuma se apresentar como alguém que não seria conivente com iniciativas de Bolsonaro contra a democracia e o processo eleitoral.

O ex-diretor-geral também tem dito que bateu de frente com a equipe econômica do governo, em defesa do reajuste salarial para servidores da Polícia Federal.

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