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Deputado quer CPI para apurar se governador de SC usou avião da Saúde

Deputado Bruno Souza, do Novo, acionou MP e Tribunal de Contas; governador Carlos Moisés usou avião mais do que Saúde, diz documento

atualizado

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Mauricio Vieira/Secom/Divulgação
Carlos Moisés (Republicanos), governador de Santa Catarina
1 de 1 Carlos Moisés (Republicanos), governador de Santa Catarina - Foto: Mauricio Vieira/Secom/Divulgação

O deputado estadual Bruno Souza, do Novo de Santa Catarina, afirmou nesta quinta-feira (17/3) que pedirá uma CPI para apurar se o governador do estado, Carlos Moisés, tem usado um avião contratado exclusivamente para transportar pacientes. Um documento do gabinete do deputado apontou “fortes indícios de ilegalidades”, e afirmou que um bebê morreu no início do ano por falta de transporte aéreo enquanto a aeronave era usada pelo governador, que se filiou ao Republicanos na semana passada. O avião comprado pela Secretaria de Saúde atendeu ao governador mais vezes do que a pacientes, afirmou o documento.

O documento que embasará o pedido de CPI foi enviado também para o Ministério Público e o Tribunal de Contas do estado nesta semana. De acordo com a apuração, em agosto do ano passado o governo catarinense contratou o avião Arcanjo 06 apenas para transportes médicos, sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros. A compra feita pela Secretaria estadual de Saúde previa uma exceção: autoridades poderiam embarcar somente em casos de calamidade pública.

Ainda segundo o relatório do parlamentar da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), naquela época o estado tinha apenas um avião fixo na frota para levar pacientes, o Arcanjo 02. A aeronave, contudo, estava defasada e apresentava falhas técnicas.

De agosto até agora, seguiu o documento, o avião novo foi usado 28 vezes pela Casa Civil, ligada ao governador, e dez para a Secretaria de Saúde. “Estão sendo usados recursos destinados à Saúde para custeio da despesa, enquanto, na verdade, seu uso prioritário tem sido para atendimento de demandas da Casa Civil”, afirmou o relatório. No início do ano, um bebê não conseguiu ser transportado porque a aeronave estava sendo usada pelo governador, ainda de acordo com o documento. Na semana passada, outro bebê teve o voo adiado por falta de avião.

“Parece um caso maior do que imaginamos porque essa atitude tem colocado a vida dos catarinenses em risco. Trata-se de uma aeronave-ambulância usada pelo governador. Vamos pedir uma CPI nos próximos dias”, afirmou o deputado Bruno Souza.

Procurado, o governo de Santa Catarina não respondeu.

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