A defesa do ex-deputado Daniel Silveira pediu, nesta segunda-feira (6/2), que o STF revogue a prisão do bolsonarista e envie o caso à Justiça do Rio de Janeiro. Silveira foi preso na última quinta-feira (2/2) por ter descumprido medidas cautelares impostas pelo Supremo. O documento foi assinado pela advogada de Silveira, Mariane Andréia Cardoso, a qual também informou ao STF que deixará o caso.
“O réu é um cidadão do povo, jurisdicionado, que pode se defender das injustiças que sofre com os meios de que dispõe. Não cabe mais ao Supremo Tribunal Federal julgá-lo, por expressa determinação constitucional”, escreveu Cardoso. Silveira foi deputado federal até o último dia 31, e não conseguiu se eleger senador.
A perda de foro privilegiado também foi citada pela Procuradoria-Geral da República. Na véspera da prisão de Silveira, a PGR defendeu que o processo deixasse o Supremo e fosse julgado na Justiça do Rio de Janeiro.
A advogada do bolsonarista pediu que o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, “lidere pelo exemplo e não pelo medo”. Em junho, a defensora de Silveira havia afirmado em um documento a Moraes que “juiz não faz o que quer”.
Na última quinta-feira (2/2), Silveira foi detido em casa com R$ 270 mil, por ordem do STF. Desde outubro, o montante de dinheiro vivo dobrou, segundo Silveira informou à Justiça Eleitoral. Agora, a Polícia Federal apura a origem do dinheiro, e se a quantia foi usada para financiar os atos golpistas das últimas semanas.