Chefe de gabinete da presidente do FNDE foi indicada por Ciro Nogueira

Chefe de gabinete da presidente do FNDE foi indicada por aliado de Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro; fundo tem R$ 84 bilhões em caixa

Guilherme Amado ,
Edoardo Ghirotto
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A chefia de gabinete da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é ocupada por uma funcionária indicada pelo grupo político do senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Juliana Isabelli Miguel Coelho substitui a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, durante períodos de licença ou de viagens para o exterior. Pacobahyba foi nomeada por Lula.

O FNDE administra um caixa de R$ 84 bilhões. Juliana foi contratada a pedido de Marcelo Lopes da Ponte, o ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira que presidiu o fundo entre junho de 2020 e dezembro de 2022. A nomeação de Juliana saiu no Diário Oficial em outubro de 2020.

O fundo estampou as páginas policiais no governo Bolsonaro devido ao escândalo dos pastores do Ministério da Educação. Duas lideranças religiosas agiam para liberar verbas para prefeitos sem obedecer aos critérios técnicos do FNDE. O caso envolvia supostos pedidos de propina e levou o titular da pasta, Milton Ribeiro, para a cadeia.

Juliana foi indicada como substituta do presidente do FNDE em janeiro de 2022. Ela assumiu a chefia temporária do fundo no último domingo (12/3), após Pacobahyba viajar para um curso na República Dominicana, e ficará no posto até a próxima quarta-feira (15/3).

A indicada de Ciro Nogueira também foi homenageada pelo governo Bolsonaro com a Ordem Nacional do Mérito Educativo. Ela recebeu a premiação, no grau de cavaleiro, no dia 12 de dezembro do ano passado.

O Ministério da Educação informou, em nota, “que a definição das equipes técnicas no FNDE, em um primeiro momento, procurou seguir critérios técnicos, com base na qualificação e conhecimento do órgão, priorizando servidores de carreira”.

A pasta, chefiada pelo petista Camilo Santana, declarou que “mudanças nos postos seguem sob avaliação da gestão”.

 

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