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Procurador que atirou na mãe obtém habeas corpus para deixar prisão

Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza foi preso no último sábado, após sacar arma e atingir a própria mãe com um tiro no braço

atualizado

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Divulgação/ PMDF
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1 de 1 arsenal - Foto: Divulgação/ PMDF

O procurador da Infraero detido após atirar contra a própria mãe, Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza, obteve liminar para deixar a prisão, nesta quarta-feira (28/7).

Em habeas corpus, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Silvanio Barbosa dos Santos relaxou a prisão preventiva de Henrique Celso e o proibiu de se aproximar da esposa por distância menor do que 300 metros. Santos determinou a expedição do alvará de soltura do réu.

A defesa do procurador federal, feita pelo advogado Karlos Eduardo de Souza Mares, afirmou que ele é réu primário, possui bons antecedentes, exerce ocupação lícita, é pós-graduado e tem residência fixa. Disse, também, que não é recomendável que ele fique preso, pois é hipertenso e diabético e precisa tomar medicação diariamente e aplicações subcutâneas semanais.

Veja a decisão:

O desembargador entendeu que deve ser reconhecida a ilegalidade da prisão preventiva, decretada de forma contrária ao pedido do MP, que se manifestou pela liberdade provisória. “Ademais, nada impede que o Juízo natural da causa analise novamente a necessidade da prisão preventiva, diante de requerimento expresso do Ministério Público ou representação da autoridade policial”, escreveu o magistrado.

Henrique Celso atuou como corregedor-geral da Infraero. Em 2011, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente aprovar contratos sem licitação firmados pela estatal em Mato Grosso, quando era procurador jurídico da empresa pública.

Ele foi cedido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A cessão foi efetivada, por tempo indeterminado, em setembro de 2020, por meio de documento publicado no Diário Oficial da União (DOU). O órgão, entretanto, informou que a cessão foi encerrada na segunda-feira (26/7).

Entenda o caso

Segundo a Polícia Militar do DF (PMDF), na noite de sábado (24/7), ocorreu uma briga entre cunhados no Lago Sul, área nobre de Brasília. Filho da proprietária da casa, Henrique Celso pegou uma arma, disparou, e acertou, acidentalmente, o braço da mãe.

O suspeito teria bebido e agredido, durante todo o dia, a própria esposa e a irmã. O cunhado de Henrique acabou investindo contra ele ao tentar intervir, mas a briga foi separada por um amigo da família. O servidor federal, então, pegou um revólver calibre .38 e atirou pelo menos três vezes no amigo, acreditando ser o cunhado. Um dos disparos atingiu o braço da mãe, que foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

Após o incidente, o procurador teria se trancado em um quarto. Os policiais militares negociaram com o homem, e o episódio de terror acabou com a prisão de Henrique Celso.

Ele estava com arsenal de 10 armas de fogo, mil munições e facas de caça, em uma residência na QI 28 do Lago Sul. Na segunda-feira (26/7), a juíza substituta Viviane Kazmierczak determinou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo.

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