Vídeo: policiais penais aceitam proposta de reajuste e suspendem paralisação
Categoria cancelou suspensão do serviço voluntário de policiais penais, atividade que mantém parte significativa dos serviços nos presídios
atualizado

Os policiais penais aceitaram a proposta do Governo do Distrito Federal (GDF) de reajuste salarial de 18% e suspenderam, nesta quinta-feira (30/3), a paralisação que começaria no fim de semana.
As alterações feitas para atender a categoria levaram em consideração a reivindicação de reestruturação e valorização da carreira. As modificações foram apresentadas e acatadas durante assembleia do Sindicato dos Policiais Penais do Distrito Federal (Sindpol-DF), na tarde desta quinta-feira (30/3).
A categoria queria suspender o serviço voluntário a partir da última segunda-feira (27/3), mas a medida foi adiada para o início de abril após duas decisões judiciais proibirem a greve.
Como há déficit de funcionários, os serviços nos presídios da capital federal funcionam, em parte significativa, graças ao serviço voluntário. Nessa modalidade opcional, os servidores trabalham em dias que, normalmente, estariam de folga.
Atualmente, o DF tem 1,7 mil policiais penais para atuar em todo o sistema prisional — que abriga, aproximadamente, 15 mil presos. O presidente do Sindpol-DF, Paulo Rogério, calcula que o número ideal de profissionais para a estrutura existente seria de 3,5 mil.
Com a paralisação do serviço voluntário, as escoltas judiciais não urgentes, as visitas de familiares e o atendimento de advogados seriam diretamente impactados, segundo o sindicato.
Reivindicações
A nova proposta do governo foi apresentada durante reunião com o secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do DF, Ney Ferraz, na quarta-feira (29/3).
Algumas das reivindicações da categoria eram: manutenção da 25ª hora, anuênios e adicional noturno — todas consideradas pelo Executivo local no novo documento, segundo o presidente do Sindpol-DF.
Assista à votação:
A categoria também cobra a regulamentação da carreira, criada em 2019. O GDF deve enviar ao governo federal a proposta de inclusão da Polícia Penal do DF no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que custeia as outras forças de segurança da capital do país com recursos da União. O aumento previsto de 18% também deve ser submetido à Presidência da República.
Paulo Rogério afirmou que as mudanças atendem parcialmente aos anseios dos policiais penais. “Ficou comprovado que o reajuste real não chega a 18% para todo mundo, mas a categoria aceitou aguardar o envio da nova proposta de reestruturação da carreira ao governo federal até 9 de abril”, concluiu.