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No Hospital de Base, 79 médicos relatam falta de luvas e isolamento

Profissionais do Serviço de Clínica Médica assinaram um documento direcionado à chefia, no qual reivindicam melhorias no Hospital de Base

atualizado

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Mike Sena/Especial para o Metrópoles
Fachada hospital de Base
1 de 1 Fachada hospital de Base - Foto: Mike Sena/Especial para o Metrópoles

Em documento, 79 médicos vinculados ao Serviço de Clínica Médica do Hospital de Base do Distrito Federal reivindicaram melhorias no trabalho: contratação de profissionais e a disponibilização de materiais básicos, como luvas e capotes. Os servidores assinaram eletronicamente a manifestação na última sexta-feira (26/3) e no sábado (27/3).

Segundo relataram os médicos, a escala da equipe está “desfalcada”, os plantonistas “estão sobrecarregados há meses” e muitos “estão há mais de um ano em jornadas exaustivas em plantões tumultuados e cheios de demandas”.

O grupo revelou que faltam insumos primordiais, como luvas de procedimento e máscaras N95. Eles destacaram também que pacientes com Covid-19 usam o mesmo banheiro que pessoas com câncer.

“Não há, no isolamento clínico, bem como no Espaço Laura, algo básico para o trabalho, como uma impressora, tendo o médico que se deslocar diversas vezes, após contato com paciente Covid-19, para outro ambiente, principalmente o Posto 1, onde estão os pacientes imunossuprimidos”, pontuaram.

Confira o documento na íntegra:

Manifestação de Médicos Do … by Metropoles

Os profissionais pediram a contratação imediata de médicos para ampliação do número de plantonistas e a normalização rápida de material básico para o trabalho.

Por fim, os médicos pediram providências e ressaltaram que não estão se eximindo de executar suas funções: “Pelo contrário, nós, médicos do SCM-HBDF, desde o início da pandemia e até mesmo antes, quando já tínhamos uma sobrecarga de trabalho devido ao número sempre elevado de pacientes e casos complexos, nos colocamos na linha de frente e assumimos novos setores (isolamento clínico, Espaço Laura, novo pronto-atendimento)”.

O outro lado

Responsável pelo Hospital de Base, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) informou que, no HBDF, sendo uma unidade de alta complexidade e referência em várias especialidades para pacientes com doenças graves, “todas as medidas que estão ao alcance da gestão estão sendo adotadas para não deixar pacientes desassistidos”.

“Diariamente, os fluxos são revisados para traçar as melhores estratégias de funcionamento e melhores políticas de segurança para o paciente e trabalhador de saúde, inclusive com tratativas em reuniões constantes feitas pelo Comitê de Crises existente dentro da unidade”, pontuou.

Sobre as demandas dos servidores do Serviço de Clínica Médica, o Hospital de Base destacou que tem 94 médicos atuando e déficit de quatro profissionais. Segundo a unidade de saúde, as vagas serão preenchidas ainda nesta semana.

O Iges-DF negou falta de ventiladores, ponto de oxigênio, luvas, capotes, máscaras, protetores faciais, óculos de proteção e material de acesso e intubação. “Sobre equipamentos de proteção individual, o instituto ressalta que vem fazendo a reposição frequentemente e, quando há falta pontual de algum item, ele é automaticamente substituído por outro”, assinalou.

“Quanto ao isolamento e uso dos banheiros, o HB informa que vai verificar se a situação está ocorrendo e vai readequar o fluxo, caso necessário”, concluiu.

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