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MP de Goiás denuncia Elmi Caetano por ajudar Lázaro a fugir da polícia

Chacareiro foi preso após proibir a entrada de policiais em sua propriedade. Ele teria dado comida e abrigo ao foragido

atualizado

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Igo Estrela/ Metrópoles
Elmi Caetano Evangelista, acusado de dar guarida a Lázaro Barbosa
1 de 1 Elmi Caetano Evangelista, acusado de dar guarida a Lázaro Barbosa - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou à Justiça, nesta quarta-feira (30/6), o chacareiro Elmi Caetano Evagelista, 73 anos, por ajudar o maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, a se esconder da polícia e por porte irregular de arma de fogo.

Elmi Caetano teria cometido o crime de favorecimento pessoal por pelo menos cinco vezes e em “continuidade delitiva”, segundo o MPGO, considerando a quantidade de dias, em momentos alternados, em que o denunciado deu guarida a Lázaro.

O MPGO ressaltou, na denúncia obtida pela coluna Grande Angular, que Elmi Caetano tinha uma arma de fogo com sinal de identificação adulterado. A espingarda de ar comprimido foi modificada mecanicamente para disparar munição de calibre .22, e, por tanto, sem numeração, “em desacordo com determinação legal ou regulamentar”, segundo o Ministério Público.

“Apesar dos esforços incessantes destinados à captura do citado criminoso, apontado como de altíssima periculosidade, constatou-se que o denunciado Elmi, pelo menos desde a data de 18/06/2021 até o momento de sua prisão em flagrante em 24/06/2021, de forma livre e plenamente ciente das buscas realizadas pelas forças policiais na tentativa de capturar o criminoso Lázaro, deu guarida a ele em sua propriedade rural, fornecendo-lhe repouso, comida e escondendo-o no local, de maneira a retardar e dificultar sobremaneira o trabalho da polícia”, escreveu na denúncia a promotora Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello.

Elmi Caetano foi preso na quinta-feira (24/6), durante a megaoperação de buscas a Lázaro Barbosa. O caseiro que trabalhava na chácara dele, Alain Reis de Santana, também foi detido, mas acabou solto no dia seguinte. O MPGO se manifestou pelo arquivamento do inquérito policial em relação a Alain, citando que ele confidenciou aos policiais, com riqueza de detalhes, o fato de Elmi dar guarida a Lázaro e apontou onde estavam as armas, “ou seja, colaborando, e muito, para o êxito do trabalho policial”.

Como mostrou a coluna nesta quarta-feira (30/6), a Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito e decidiu indiciar Elmi Caetano. A PCGO também deixou de fora das acusações o caseiro Alain.

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Entenda

Alain revelou que Elmi ajudou o maníaco na fuga. O patrão teria permitido que o foragido passasse as noites na sede da chácara e o alimentava há dias. Elmi teria deixado as portas do local destrancadas, como se esperasse por Lázaro.

Na quinta-feira (24/6), por volta das 6h30, Alain chegou para trabalhar de bicicleta e encontrou o patrão, Elmi, e o filho Gabriel. O caseiro afirma que foi mandado para o córrego, com a informação de que a bomba estaria estragada, mas não havia nada de errado com o equipamento. Para o empregado, a ordem serviu para afastá-lo da sede da chácara.

No mesmo dia, Alain viu Lázaro entrar correndo na casa para se refugiar em um quarto, mas, antes, fez um sinal para que o funcionário deixasse o local. O caseiro encontrou policiais na propriedade e, por ter sido ameaçado de morte pelo foragido, negou que o criminoso estava na chácara. Depois que os agentes foram embora e, em seguida, um helicóptero sobrevoou a chácara, o foragido saiu do cômodo e foi até o córrego onde costuma se esconder.

Segundo Alain, Lázaro vestia apenas roupas pretas: camisa social, calça colada ao corpo, calçado (tênis ou bota) e um boné da marca Oakley. Lázaro foi capturado, mas morreu após confronto com a polícia, na segunda-feira (28/6).

O que dizem os citados

A coluna entrou em contato com a defesa de Elmi Caetano e aguarda retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

Advogado de Alain, Adenilson dos Santos Silva Filho disse, em nota, que a prisão dele “foi equivocada e injusta”: “A defesa lamenta as imputações que foram desacertadamente atribuídas ao seu representado, notadamente o suposto envolvimento em crimes gravíssimos e de projeção nacional. Felizmente, a verdade tem sido progressivamente reestabelecida. Esperamos que doravante nosso cliente siga a vida em paz”.

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