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Candidatos denunciam suspeitas de fraude em concursos para polícias do DF e de GO

Banca se tornou alvo de denúncias por supostas fraudes em laudos psicotécnicos de concursos para as polícias Penal do DF e Civil de Goiás

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Candidatos fazem prova
1 de 1 Candidatos fazem prova - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Responsável pela organização dos concursos das polícias Civil de Goiás (PCGO) e Penal do Distrito Federal, o Instituto AOCP se tornou alvo de suspeitas, após candidatos dos dois certames denunciarem supostas irregularidades na etapa dos exames psicotécnicos.

O psicólogo Ederson Fernando Mariano, cujo nome consta em laudos que reprovaram candidatos, afirma que nunca trabalhou para a empresa e nega ter assinado os documentos.

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O caso veio à tona após alguns dos candidatos procurarem o profissional para contestar a decisão. “Fraudaram o psicotécnico usando um psicólogo que supostamente realizava os testes e a correção dos recursos dos candidatos. Ele disse não ter qualquer tipo de vínculo com essa banca. Quem descobriu foi um cliente meu, de Goiânia”, detalhou ao Metrópoles o advogado José da Silva Moura Neto, que atua na defesa de alguns dos candidatos prejudicados.

Assustado ao descobrir que teve o nome usado de indevidamente, o psicológico procurou a Polícia Civil de Maringá (PR), cidade onde mora, e a corporação deve conduzir as investigações.

“O psicólogo Ederson Fernando Mariano, inscrito no CRP [Conselho Regional de Psicologia] nº 8/22.591, informa que, em 21/6/2023, tomou conhecimento de que seu nome estava sendo usado de forma indevida nos concursos públicos da Polícia Civil do Estado de Goiás e da Polícia Penal do Distrito Federal. Os crimes foram noticiados à autoridade policial e serão investigados. Nosso maior compromisso é com a verdade, e estamos à disposição para demais esclarecimentos”, completou a defesa de Ederson.

Publicados em 2022, os editais dos concursos da PCGO e da Polícia Penal do DF estão em andamento. Os processos seletivos incluem diversas etapas, como provas escritas, testes físicos e exames psicotécnicos.

Parte dos candidatos eliminados nessa fase recorreram da avaliação do psicólogo que supostamente prestava serviços para a banca organizadora.

No Distrito Federal, o advogado José da Silva Moura Neto conseguiu decisão favorável para que 14 participantes do concurso da Polícia Penal do DF retornassem à etapa de eliminação, devido à possível falha. 

Continuação dos concursos

Até o momento, não há previsão de mudanças no andamento dos processos seletivos.

O Metrópoles entrou em contato com o Instituto AOCP. Por meio de nota, a banca disse que tomou conhecimento de possíveis irregularidades e que está apurando o ocorrido. “Em virtude desse procedimento, as publicações das etapas, previstas em cronograma, serão adiadas. Mas, a organizadora está comprometida em avaliar a situação o mais rápido possível para seguir com o certame”, disse.

A reportagem também procurou a Polícia Civil de Goiás (PCGO). A corporação detalhou que o concurso “não está sob sua égide e execução”. “Entretanto, quaisquer notícias de possíveis irregularidades estão sendo devidamente apuradas”, comunicaram.

Responsável pelo processo seletivo da Polícia Penal, a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal (Seplad) afirmou desconhecer a denúncia.

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