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De ontem pra hoje não apareceu ninguém pedindo Renato na Seleção…

Enquanto isso, a torcida do Flamengo, mal-acostumada com a os tempos vitoriosos e arrasadores de Jorge Jesus, começa a perder a paciência 

atualizado

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Lucas Uebel/Getty Images e Buda Mendes/Getty Images
Renato Gaúcho e Tite
1 de 1 Renato Gaúcho e Tite - Foto: Lucas Uebel/Getty Images e Buda Mendes/Getty Images

No auge da polêmica da realização (ou não) da Copa América, o então presidente da CBF, Rogério Caboclo, prometeu ao governo federal que iria mudar o treinador da Seleção Brasileira. A saída de Tite daria lugar a Renato Gaúcho, técnico que é abertamente apoiador do governo Bolsonaro.

A figura de Tite passou a ser vista com maus olhos após o seu pronunciamento a favor dos jogadores da Seleção, que não defendiam a realização da Copa América no Brasil.

Rogério Caboclo caiu, o Brasil jogou e perdeu a Copa América para a Argentina, e Tite continuou onde sempre esteve. 

Mas o clamor por Renato na Seleção continuou, pelo menos nas mesas redondas dos programas esportivos. Havia dois grupos de comentaristas se debatendo: os que defendiam a substituição imediata de Tite por Renato; e aqueles que preferiam não mexer com isso: “Deixa o Gaúcho quieto no lugar dele. Dane-se a Seleção”, diziam os que não conseguiam esconder o seu “flamenguismo”.

De repente, o mundo virou de cabeça para baixo. Na semana passada, após o melancólico empate com o Cuiabá no Maracanã, publicamos aqui que vozes influentes da torcida começavam a mostrar insatisfação com Renato.

De ontem pra hoje esse movimento ganhou força. A derrota para o Fluminense pode ter decretado o fim sonho de mais um título do Brasileirão. O Atlético-MG joga neste domingo (24/10) contra o Cuiabá e pode abrir uma vantagem de 13 pontos em relação o Flamengo, faltando dez rodadas para acabar a competição.

“A gente sabe o que está passando. A cada três dias, o Flamengo tem obrigação de ganhar para ficar vivo nas competições. E nenhum time no mundo disputa três competições ao mesmo tempo e vence as três, é muito difícil. Quem tudo quer, nada tem”, justificou Renato, sem combinar com o torcedor, que, mal-acostumado pelo que viu acontecer nos tempos de Jorge Jesus, não aceita essa desculpinha.

E, por coincidência, sumiram todos os comentaristas que achavam Renato Gaúcho um gênio da bola, um tremendo estrategista, o homem certo para o Brasil conquistar o hexa na Copa de 2022. 

Por enquanto, é melhor deixar o outro gaúcho quieto lá na Seleção Brasileira.

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