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Preços de carros usados em feirões caem por três meses seguidos

Redução no período já chega aos 7,5%. Os mais antigos, com mais de nove anos de uso, têm maior procura. Já os veículos Okm tiveram aumento

atualizado

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Com a pandemia de Covid e a falta de componentes para produção de carros no mundo todo, o preço dos modelos usados subiu. Ao longo de dois anos, a elevação dos preços desses veículos ficou em uma média de 28%. Mas o jogo começou a virar desde abril, quando a tabela Fipe mostrou que o que se cobra pelos seminovos, usados ou velhinhos está caindo. 

Em três meses, considerando abril, maio e junho, a média cobrada pelos modelos usados caiu 7,5%. Com isso, a movimentação de compradores em busca de ofertas nos feirões, por exemplo, subiu 40% neste período. Os dois eventos AutoShow de São Paulo e região do ABC paulista recebem 5 mil compradores por domingo, com 1,5 mil veículos expostos.

No geral, o mercado ficou mais restrito para venda, forçando baixas. “A chance de comprar um carro por até 15% abaixo do preço de mercado em um feirão movimenta mais compradores, embora o crédito esteja restrito em função dos juros em alta”, diz Leandro Ferrari, diretor-comercial do AutoShow.  

Porém, o Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, empresa especializada em pesquisa online de veículos novos e usados, constatou que os preços dos carros seminovos (até 4 anos de uso) apresentaram uma alta de 1,02%, em média. Em maio, esse índice foi de apenas 0,01%.


Os “velhinhos” 

De qualquer forma, a procura por carros mais velhos cresceu muito mais do que os modelos seminovos. No mercado, segundo dados da Fenauto, a federação nacional dos revendedores de veículos, os mais velhos, fabricados até 2009, representam a maior procura: foram 1,9 milhão de unidades comercializadas no primeiro semestre em todo o país. 

O cenário é diferente de 2021, quando os carros com até oito anos de fabricação foram os mais vendidos nas lojas. No ano passado, a produção de carros ainda estava seriamente prejudicada, levando a uma alta procura dos chamados “seminovos” – aqueles com até dois anos de uso. “Percebemos que o carro novo ‘ficou longe do bolso de muita gente’ e, por isso, o mais em conta tem giro rápido nos feirões”, complementa Ferrari.


Os 0km

Junho registrou uma queda de 4,8% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, na comparação com maio. Na comparação com junho de 2021, a retração foi de 2,4%. 

A crise de semicondutores, a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China provocados pela nova onda de Covid-19 deram um nó na produção, com paralisação de fábricas.

Mas, após maio registrar a menor tendência de alta nos preços em 2022, os veículos continuaram subindo de preço em junho. Segundo a KBB Brasil, os carros zero quilômetro ano/modelo 2023 tiveram um incremento de 0,64% no mês passado ante a desvalorização de -0,64% apontada em maio.


 

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