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Conheça a primeira empresa de aeronaves compartilhadas de Brasília

O conceito jetsharing é a alternativa perfeita para quem está cansado do caos dos voos comerciais, mas se preocupa com os custos altos

atualizado

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Matheus Veloso/Metrópoles
Brasília-DF (08/10/22). Empresa Aliar. Foto: Matheus Veloso/Metrópoles
1 de 1 Brasília-DF (08/10/22). Empresa Aliar. Foto: Matheus Veloso/Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

Para se locomover, você não precisa mais do próprio carro ou da própria bicicleta. Eis que temos o Uber e as empresas de compartilhamento de bikes. Para sair na rua com um item da moda, você não precisa mais desembolsar tanto dinheiro. Serviços de aluguel de peças do closet têm se destacado no mercado brasileiro. O mesmo ocorre com a Airbnb, plataforma em que proprietários de imóveis ou quartos colocam esses espaços para locação em diferentes partes do mundo e recebem um pagamento em troca.

Estamos falando de um fenômeno que, de uns anos para cá, tem interferido no capitalismo global. Essa nova economia se chama sharing economy (economia de compartilhamento, em tradução livre). Trata-se de alugar ou emprestar bens que não estão sendo totalmente utilizados. De acordo com o Business Because, espera-se que a tendência cresça mais de US$ 300 bilhões até 2025. Incrivelmente, essa onda chegou ao universo da aviação privada.

Trata-se do jetsharing, ou compartilhamento de jatos, em português. O conceito é a alternativa perfeita para os viajantes que estão cansados dos perrengues que acometem os voos comerciais, mas se preocupam com os orçamentos altos de possuírem a própria aeronave. Essa é uma oportunidade de usufruir da experiência premium de um voo privado com um impacto financeiro reduzido.

Rapidamente, é claro, Brasília ganhou uma empresa de jetsharing para chamar de sua. Nascida em março deste ano, a Aliar é o primeiro serviço de aeronaves compartilhadas da capital. “O intuito era trazer o já bem sucedido modelo de jetsharing que transformou a aviação executiva nos Estados Unidos”, antecipa Ricardo Bittar, CEO da marca.

Ricardo Bittar

Outros quatro integrantes compõem o time de fundadores da Aliar. São eles: Amples Regiani (estratégia comercial e experiência do cliente), Artur Gonçalves (comandante), Fabio Fialho (jurídico, proteção de ativos e regulamentação aeronáutica) e Pedro Mundim (chefe de operações).

Amples Regiani, Fabio Fialho e Ricardo Bittar

“A ideia deu tão certo que nosso objetivo era terminar o ano com uma aeronave, mas já estamos trazendo nossa terceira”

Ricardo Bittar, CEO da Aliar

Piloto e empresário do ramo de hotelaria, Ricardo conseguiu unir toda a sua experiência de hospitalidade com a aviação executiva, uma de suas grandes paixões. Foi assim que surgiu a Aliar, cujo objetivo é desmistificar o uso dos jatos particulares. “As pessoas ainda pensam que você precisa ser bilionário para ter um avião, o que é um grande mito!”, pontua.

“Em muitos casos, um voo particular com seis passageiros entre Brasília e São Paulo pode chegar a custar até menos do que um voo comercial”, frisa Ricardo.

Jetsharing é a alternativa perfeita para os viajantes que estão cansados dos perrengues que acometem os voos comerciais, mas se preocupam com os orçamentos altos de possuírem a própria aeronave
Mal demorou para Brasília ganhar uma empresa de jetsharing para chamar de sua

Operação

Para se tornar cliente da empresa, o viajante deve fazer a compra de uma cota entre as quatro disponíveis por aeronave. Com isso, e mais uma taxa mensal fixa e uma taxa variante das horas voadas, é possível aproveitar todos os benefícios de se ter um avião executivo. “Mesmo pagando menos, cada sócio terá todas as vantagens de uma aeronave privada: otimização de tempo, privacidade, conforto e exclusividade”, lista o CEO da empresa.

Atualmente, a Aliar trabalha com a linha Citation, da fabricante Cessna. “É a maior, mais segura e mais tradicional das aeronaves executivas do mundo”, destaca Ricardo. Com dois aviões em operação, a empresa já iniciou o processo de compra do terceiro. “E já tem uma lista de espera de futuros sócios”, revela o cofundador.

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Ricardo lembra, ainda, que as viagens proporcionadas pelo serviço totalizam apenas o tempo de voo no ar, sem contar com a espera em filas, check-in, despacho de bagagem, embarque, desembarque e longas caminhadas nos aeroportos.

Além disso, curiosamente, muitos destinos relevantes no Brasil ainda não estão cobertos por voos comerciais, mas eles podem ser acessados de forma direta na aviação executiva, uma das vantagens da Aliar. “Isso vale tanto para destinos turísticos como Angra, Gramado e Trancoso, como para destinos empresariais cada vez mais importantes”, fundamenta ele.

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Hoje, a Aliar conta com oito tripulantes experientes em aviação executiva e comercial para garantir disponibilidade de voo, respeitando a regulamentação aeronáutica e de segurança. “Eles são habilitados e treinados nos Estados Unidos, e também recebem nosso próprio treinamento para a assimilação da nossa cultura de segurança e serviço”, diz Ricardo Bittar.

De acordo com o empresário, o cotista pode viajar para qualquer destino da América Latina. A reserva deve ser feita com até 12 horas de antecedência, dependendo da disponibilidade da agenda.

Piloto e empresário do ramo de hotelaria, Ricardo conseguiu unir toda a sua experiência de hospitalidade com a aviação executiva, uma de suas grandes paixões
A Aliar é o primeiro serviço de aeronaves compartilhadas da capital.
A Aliar trabalha com a linha Citation, da fabricante Cessna

“Recentemente, eu ouvi de uma cliente que essa foi a melhor aquisição que ela já fez na vida, não só pelo aspecto profissional, mas também familiar. Uma prova disso é que todos os nossos clientes já não se imaginam fora do sistema de jetsharing”, celebra Ricardo.

Atento aos mínimos detalhes, o empresário busca proporcionar uma experiência única para cada cliente, mesmo diante do modelo de compartilhamento. “Nós customizamos a aeronave para cada sócio antes de cada voo. Uma das coisas mais legais é que eles esquecem que o avião é usado por outros sócios”, conta ele.

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