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Aqui lutamos pelos direitos LGBT

Em um ano de coluna, demos espaço para o debate e a diversidade

atualizado

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A coluna Vozes LGBT está em festa. Este é um post comemorativo! É para a gente olhar para trás e comemorar nosso primeiro ano de existência. Quando foi ao ar no dia 8 de setembro de 2015 a primeira postagem da coluna Vozes LGBT, no portal Metrópoles, com o tema O Gay e a Crise  eu não tinha ideia do que viria a partir daí.

Primeiro porque, dando uma googada, percebi que os espaços LGBTs haviam desaparecido da principal mídia do país, passando a ocupar apenas espaços independentes e as colunas de humor e fofoca de famosos. Só encontrei o Blogay, uma coluna de resistência e luta de mais de uma década, mas seu responsável morreria meses depois da estreia da nossa coluna – uma perda inestimável.

Será que ainda havia ouvidos interessados em escutar sobre como os LGBTs se sentiam, sem necessariamente ser um relato que fizesse rir? Enfrentar a insegurança e a incerteza de que a mensagem seria passada e, principalmente, entendida foi algo que me paralisou por muito tempo na minha ligação com o mundo da escrita.

Durante este primeiro ano, apesar de ser um espaço em que eu me expresso, muito mais aprendi a ouvir. Tive que entender que, ao falar sobre o diferente, existe um limite e que minhas ideias são minhas e que o máximo que eu posso fazer é propor um debate para que a gente reflita. Nesta ilha cercada por esse mar de “certezas” chamado internet, eu não sabia se se lançasse um ponto de interrogação, ele seria pescado por alguém. Que lindo ver que tem muita gente disposta a pescá-lo sim.

Aqui eu contei coisas que aconteceram na minha vida, na dos que me cercam, na dos que se abriram para mim – mesmo sem me conhecer – e daquelas que eu roubei apenas como observador externo. Eu perguntei se, numa entrevista de aluguel de apartamento, o fato de ser gay é um ponto necessário a ser debatido; revelei algumas das dúvidas que gays ouvem de vez em quando de héteros, mesmo quando sua convivência é íntima como a de irmãos; e bem antes de chegarmos ao setembro amarelo, já discutimos os altos índices de suicídio entre LGBTs.

Por aqui passaram pessoas incríveis, como a modelo trans Leandra Calandrini, a advogada Cleomirtes, que trabalha com casos de nome social de transexuais e o Murilo Araújo, youtuber de temática LGBT, negra e católica, mostrando que a diversidade para a interdisciplinaridade temática não tem limites.

A gente viu a estreia do primeiro programa da TV aberta apresentado por um gay, uma lésbica e uma mulher trans, os efeitos do impeachment para os LGBTs  e o que pode ser o primeiro registro de sexo homossexual nas pinturas rupestres da Serra da Capivara, num dos posts de maior repercussão e que me trouxe maior alegria em ter escrito, por ter sido fruto de uma descoberta completamente por acaso. E quando foi preciso, a coluna cedeu o espaço para quem deveria falar, como a Lucci Laporta, que mandou o recado direto para Michel Temer.

Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que trabalhar nesta coluna é muito mais do que um emprego. Aqui é um espaço de luta pelos nossos direitos. É muitas vezes o único lugar onde eu consigo dizer exatamente o que eu quero sobre ser gay e que vai ter o retorno mais significativo, porque infelizmente a gente ainda vive numa sociedade que te cobra “legitimações”, quer dizer, se não está numa grande mídia, não deve ser verdade.

Mesmo que esta verdade seja a dor do preconceito que sentimos todos os dias de forma clara e direta.

Então que venha muitos mais anos de VOZES LGBT!

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