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Saiba como eu sobrevivo há 20 anos sem açúcar

Abrir mão de uma sobremesa ou um bolo é realmente sacrificante, mas não é impossível

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O consumo excessivo de açúcar é uma preocupação recente dos órgãos mundiais de saúde. Indica-se uma dose diária de 50 gramas para mulheres e de 70g para homens. Mas, vamos combinar, esses parâmetros são bem difíceis de serem mantidos.

O hábito de não comer doce faz parte da minha vida há mais de 20 anos. Não foi fácil. E, como já disse aqui, na minha infância e adolescência eu era completamente viciada em qualquer alimento açucarado.

Quando criança comia açúcar puro, com colher. Meu pai me chamava de “Maria Chokito” porque eu amava o chocolate. Na adolescência, nem ligava para o que ia almoçar ou jantar, só me interessava a sobremesa. A decisão de parar foi fácil, o difícil foi manter.

Quando falo que aboli o doce da minha vida, as pessoas se espantam, como se fosse a coisa mais difícil do mundo. E é. Abrir mão de uma sobremesa, um bolo, ou qualquer iguaria com açúcar é realmente sacrificante, até porque a ingestão desse tipo de alimento está ligada a estresse e ansiedade. Mas não é impossível. Com muita força de vontade, conseguimos tirar esse veneno das nossas vidas.

Devo confessar: quando tomei a decisão, não pensava sobre os malefícios do açúcar. No início, ainda adolescente, nem se falava o quão prejudicial era esse ingrediente. Sempre tive mania de fazer restrições alimentares, como comer só fruta em um dia, fazer jejum (olha que agora voltou essa moda), o açúcar foi retirado da minha rotina assim.

Porém, jurei a mim mesma que iria parar de comer doce para o resto da minha vida. E sou muito fiel às minhas promessas. No principio, radicalizei, não consumia nada para substituir. Não foi fácil, queria enlouquecer. Sentia muita falta, sonhava com todos os tipos de chocolates, sobremesas, doce de goiaba em calda (que eu amava), leite condensado, doce de leite. Os meus sonhos eram feitos de açúcar.

Depois, passei a controlar a vontade com produtos para diabéticos e, algumas vezes, com frutas, de preferência bem maduras. E foi resolvendo, com muita consciência e força de vontade.

Os primeiros sinais no meu corpo foi o emagrecimento. Minha silhueta ficou mais fina, desinchada e fiquei tão animada que lia todos os rótulos de produtos, se tivesse a palavra “açúcar”, já descartava.

Hoje sei que a nomenclatura existente para enganar o consumidor nos rótulos é enorme: açúcar moreno, açúcar light, de confeiteiro, maltodextrina, dextrose, xarope de milho. Todos venenos.

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Não é fácil retirar completamente o açúcar da maneira que fiz no inicio, pois quase todos os produtos industrializados possuem a substância em sua composição. Mas, a melhor maneira é assim: cortar tudo. Se for muito difícil, tente pular a sobremesa, não comer o chocolate ou evitar o docinho inocente. Acredite, já é um ganho enorme.

Quando tinha muita vontade, eu cheirava os doces. Pode parecer absurdo, mas funciona. Sentir o aroma de um bolo de chocolate ou de um doce em calda já era suficiente para mim. Hoje, temos uma infinidade de produtos isentos de açúcar que substituem muito bem. Mas não era assim antigamente.

Um dia preparei uma sobremesa para minha mãe achando que ia arrasar e ela falou: “Minha filha, você já perdeu o paladar para doces, isso não está bom”. Nem liguei, para mim, estava uma verdadeira maravilha. Hoje, só faço sobremesas em casa isentas de açúcar e elas são elogiadas por todos.

Atualmente, estudos mostram o quanto o açúcar é prejudicial ao organismo, é alimento para células cancerígenas e desestabilizam totalmente o funcionamento do corpo, causando obesidade e doenças cardíacas.

Portanto, os benefícios de retirar o açúcar da alimentação são enormes: ganha-se disposição, a pele fica melhor, fortalece o sistema imunológico, diminui o risco de diabetes, melhora a saúde dos dentes, entre outras coisas. Pode ser complicado no início, mas, depois, você nem lembra, é como se nem existisse. Não vale tentar?

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