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Dia da Mulher está perdendo sentido e virando mais uma data comercial

O 8 de março foi escolhido para mobilizar a conquista dos direitos femininos e rebater discriminações e violências

atualizado

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feminismo girl power
1 de 1 feminismo girl power - Foto: iStock

Acredito no poder do feminino, mas neste ano não me envolvi com o Dia Internacional da Mulher. Fiquei um pouco incomodada com as homenagens e parei uns minutos para tentar identificar o motivo pelo qual estava me sentindo assim.

Sou de uma família que tem a mulher como referência absoluta. Minha mãe é um exemplo de força, atitude e ideias transformadoras. Ela sempre valorizou a importância do feminino e acreditou que os papéis de ambos os sexos são diferentes, mas de igual importância para a sociedade. Fui criada assim: acreditando na capacidade das mulheres, mas valorizando também a presença masculina na nossa vida.

Nessa quinta-feira (8/3), a data comemorativa foi banalizada e associada ao consumo, assim como o Dia das Mães e o dos Pais. O comércio, de maneira geral, usou a comemoração para os homens presentearem as esposas, mães e filhas. O que perde completamente o sentido.

O 8 de março foi escolhido para mobilizar a conquista dos direitos femininos e rebater discriminações e violências que, inacreditavelmente, ainda sofremos. A data deveria ser lembrada pelas lutas travadas pelas mulheres durante toda a história da humanidade.

O respeito às mulheres não deve ser praticado apenas nesse dia. Os mimos obviamente são bem-vindos: quem não gosta de receber flores? Mas, não faz o menor sentido receber presentes e homenagens se o desrespeito vai continuar ao longo do ano.

Não somos um grupo minoritário que precisa de um dia para ser homenageado. Somos uma parcela da população atuante neste mundo.

Tinha acabado de comentar sobre meu incômodo com uma amiga e, na rádio, ouvi uma reportagem sobre como as mulheres inglesas ficam extremamente ofendidas quando são parabenizadas no dia 8 de março.

Afinal, o dia não foi escolhido apenas para celebrar as mulheres, mas também para lembrarmos que o preconceito ainda existe e deve ser combatido. Não tem mais essa de “sexo frágil”. Somos fortes, competentes, sensíveis e indispensáveis!

Não sou feminista nem machista. Apenas um ser humano que acredita na capacidade e valor das mulheres e dos homens. Temos papéis de muita importância neste mundo. Estamos todos aqui para viver em harmonia e, assim, conseguir criar uma sociedade justa, respeitosa e pacífica.

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