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Será que dá para esquecer como se transa? Especialista responde

Quarentena dia ??? e a pergunta que não quer calar dos internautas é: será que eu ainda sei beijar e fazer sexo?

atualizado

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Casal na cama
1 de 1 Casal na cama - Foto: Reprodução/ FreePik

Diz o ditado popular que andar de bicicleta não se esquece. A frase, passada de geração em geração, frisa que você pode passar dias, meses e até anos sem subir numa bike, mas se você sabe manuseá-la, você não esquecerá como dirigi-la. Após quatro meses de isolamento social, a pergunta dos internautas por aí que não quer calar é: dá para esquecer como se transa?

Aplicada ao dito popular, alguns afirmam que não. Outros, contudo, se questionam se ainda conseguiriam ter a mesma performance de antes. No meio disso tudo, há uma questão real sobre a vida sexual pós-pandemia de quem escolheu esperar — a vacina — a que precisamos nos atentar: o medo de não saber transar tem fundamento?

Para casais que estão longe um do outro ou solteiros que estão invictos no isolamento social, o fato de estar sozinho e sem previsão para a retomada da vida sexual gera uma montanha-russa de emoções, que vão de carência a desespero sobre “como será quando puder voltar a beijar ou transar”.

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Para parte dos brasileiros, que está sem sair de casa para evitar o aumento de casos de coronavírus, a falta de sexo e de qualquer contato de pele ou “romancinho”, tem marcado uma nova postura frente ao desejo sexual e como satisfazê-lo. Especialistas sugerem saídas: treinar o toque ao corpo para descobrir o prazer sem mais ninguém, mandar nudes para quem está longe, masturbação, e, para quem está mantendo um contatinho para o momento “pós-pandemia”, muita paciência para manter o flerte de pé são algumas delas.

Ainda assim, sem saber quando retomaremos — e de forma segura — o contato sexual com outras pessoas, pipocam questões sobre como será o “novo sexo”. A sexóloga Solange Santana tranquiliza os corações (e os corpos) atiçados para esse momento. “Sexo é algo biológico, faz parte da rotina, como comer e dormir. Não tem como esquecer ou não saber o que fazer”.

Mas é inegável que a vida sexual das pessoas está sendo e será afetada pelo momento de crise de saúde global que estamos vivendo. “É uma nova era do sexo: a masturbação e o sexting, o sexo virtual, voltam com muita força, assim como assistir a vídeos eróticos”, analisa. As práticas, aliás, devem invadir as camas no momento pós-pandemia. Se, por um lado, há pessoas que se resolvem com essas práticas e estão confiantes no afrouxamento do isolamento para transarem, outras se preocupam sobre de que forma será a interação com o parceiro — carregada, possivelmente, de ansiedade por ter demorado tanto.

Não há por que se desesperar em relação a isso, considera a profissional. “A pele é fundamental entre os seres humanos, o encontro gera conexão”, explica. “Por isso, não pense que se você se masturbar muito não vai saber atuar com o crush novo; pelo contrário: quanto mais a pessoa se estimula, mais fica segura de si mesma e melhor vai ser o enfrentamento da situação”.

Na opinião da especialista, a transa pós-pandemia também será mais pausada. “Vai ser sexo de descoberta, vamos ter que reaprender muita coisa e aprendermos a nos ligarmos uns aos outros”, analisa. A vagareza, aliás, se dará por medidas práticas. “Mesmo com álcool em gel, luvas, máscara, as pessoas não vão direto para um motel, por exemplo, pelos riscos de contaminação. Nesse sentido, pode voltar a ser ‘como era antigamente'”.

Marcar o sexo com alguém que você já conhece e buscar um ambiente seguro e confortável para acabar com a seca, diz a sexóloga, podem ajudar na retomada. “Aí, fica mais fácil a volta”. Enquanto isso, a “seca sexual da quarentena” segue fazendo aniversário e a declaração melancólica da versão mais velha de Rose, no filme Titanic, nunca fez tanto sentido: “já faz 84 anos”.

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