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Donos de restaurantes, vamos adaptar o serviço para receber crianças?

Tirar nossos filhos da rotina tem um custo. Eles estão acostumados a ambientes específicos e, de repente, estão em um lugar diferente

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Senhores(as) donos(as) de restaurantes,

Há várias razões para nós, mães e pais, pensarmos algumas vezes antes de sair de casa e comer fora na companhia de nossas crianças. Caso vocês não saibam do que estou falando, aqui vão alguns motivos:

Tirar nossos filhos da rotina tem um custo. Eles estão acostumados a determinado ambiente, horário e tempero e, de repente, estão em um lugar totalmente diferente, com uma lógica de funcionamento peculiar. Isso pode ser assustador e acaba os deixando um tanto “elétricos”.

Se estão aprendendo a andar é provável que não consigam ficar muito tempo parados. Vão querer explorar o restaurante, podendo esbarrar em garçons ou clientes, se machucar ou provocar algum tipo de estrago.

Certamente, vão querer brincar com todos os itens disponíveis na mesa – do azeite ao sachê de ketchup. Algumas coisas vão acabar indo para o chão.

Assim sendo, quando vencemos todo esse prognóstico, esperamos um pouco de acolhimento e compreensão. Afinal, crianças fazem parte da sociedade e demandam atenção especial.

Aqui vai uma pequena lista de coisas que vocês podem propor ao treinar equipes para atender famílias:

1. Guardanapos extras. Pelo amor das mãos melecadas, não adianta deixar apenas um guardanapo per capita se, na mesa, há uma criança. Não importa se a folha é tripla, decorada, ultra-absorvente… um só não é suficiente. Idem se o seu estabelecimento trabalhar com guardanapos de pano. Na hora do suco derramado, é sempre bom ter algo extra para enxugar a bagunça de forma emergencial.

2. Utensílios de plástico ou acrílico. Ofereça copos que não quebram. É seguro para elas, evita prejuízos ao restaurante e faz os pais respirarem um pouco mais aliviados. Também vale disponibilizar talheres mais adequados ao uso pelos pequenos.

3. Cadeirões verdadeiramente úteis. Esse tipo de recurso deve facilitar a integração da criança ao ambiente da mesa e não se transformar em mais um motivo de preocupação. É sempre bom verificar se o cadeirão encaixa na mesa, se o tampo está fechando bem e se os pratos podem ser apoiados de forma segura.

4. Tenha consideração com os miniclientes. Sorrir e dizer “olá” para as crianças sinaliza que elas são bem-vindas e também nos ajuda no esforço civilizatório de ensiná-los a cumprimentar as pessoas. Nós agradecemos.

5. Esteja preparado para situações de crise. Crianças não têm o cérebro maduro como os adultos, então, quando se sentem frustradas, é normal chorarem e gritarem. Acredite, não tem ninguém mais interessado em controlar a birra dos meus filhos do que eu mesma quando isso acontece. Não ajuda nada fazer cara de reprovação.

6. Finalmente, se quiser ganhar estrelinhas, tenha alguma atração/atividade para meninos e meninas. Não precisa ser nada de outro mundo: uma mesa com material para desenho, por exemplo, ajuda a distrair. E, se tiver monitores, é troféu sensibilidade e tino comercial.

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