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Manifestos de artistas denunciam “ditadura fascista” inexistente

São textos com ideias mortas, raciocínios ginasianos e sintaxe de terceira classe – uma repetição do que já foi publicado antes

atualizado

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Manifestos a respeito deste ou daquele assunto assinados por personalidades conhecidas valem pela qualidade do que está escrito neles e pelo estilo que os signatários foram capazes de utilizar. A qualidade e o estilo, por sua vez, dependem unicamente do que existe na cabeça de quem assina o manifesto – e quando existe ali dentro pouca coisa aproveitável, como é frequente, o resultado é uma droga de documento. É o que está acontecendo, precisamente, com esses manifestos assinados por personagens da classe artística brasileira para denunciar ao mundo a existência de uma “ditadura fascista” no Brasil.

Como não há ditadura nenhuma, fica difícil entender do que estão falando — um problema fatalmente agravado pela ausência quase completa de vida inteligente naquilo que foi escrito. Não poderia mesmo ser diferente, quando não há, como mencionado acima, nada que valha realmente alguma coisa dentro da cabeça dos signatários. O resultado são textos com ideias mortas, raciocínios ginasianos e sintaxe de terceira classe – uma repetição cansada de textos do mesmo nível já publicados centenas de vezes antes, sem nada de original ou capaz de levar a qualquer debate produtivo. São apenas um aglomerado de palavras que saem de cérebros também cansados, que já foram capazes de produzir trabalho de interesse num passado remoto, mas estão esgotados há muitos anos.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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