Rogério Rosso sai a campo para adiar reforma da Previdência
Deputado licenciado pelo PSD e aliado de Bolsonaro tenta convencer futuro governo a enviar outro texto para aprovação da nova Câmara
atualizado
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Após o terceiro lugar na corrida ao Governo do Distrito Federal, o deputado federal licenciado Rogério Rosso (PSD) entrou na briga contra a aprovação da atual proposta de reforma da Previdência do governo de Michel Temer (MDB), que tramita no Congresso Nacional.
Rosso se empenhou na eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República. Por isso, ele procurou o colega de parlamento e futuro ministro-chefe da Casa Civil, Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), para convencê-lo de que o atual formato da proposta e o momento político são desfavoráveis para a aprovação da medida.
“Nenhuma economia muda em três meses. O mais adequado seria que o governo Bolsonaro criasse um texto próprio, já que o atual possui alguns equívocos, e começasse a debater do zero”, disse o parlamentar à coluna.
Para Rosso, a atual composição da Câmara pode ser obstáculo para a aprovação. “Não teremos número suficiente para aprovação. O mais coerente é que o presidente Bolsonaro reenvie a nova versão a partir de fevereiro do ano que vem, quando o Congresso Nacional terá um novo formato.”
Por se tratar de uma mudança na Constituição, a votação deve passar por dois turnos com pelo menos 308 votos favoráveis dos 513 deputados. A reforma prevê idade mínima para aposentadoria — 65 anos (homem) e 62 anos (mulher) — e acaba com com o benefício por tempo de serviço no INSS, entre outras medidas.