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DF: reunida com Guajajaras, Terracap tenta solução para obras no Noroeste

Etnia indígena chegou a apreender maquinários e manteve servidores sob ameaça para interromper construção de avenida próxima a área da tribo

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
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1 de 1 terracap-guajajaras - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Representantes da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (15/7) com representantes da etnia Guajajara, tribo indígena que habita uma região dentro do Setor Noroeste, em Brasília, e que tentou suspender obras de infraestrutura do bairro. O impasse ocorreu após a retomada da construção da via W9, avenida planejada para passar nas proximidades da área indígena.

Na reunião desta manhã, que contou com representantes da Defensoria Pública da União (DPU), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab-DF),  os representantes Guajajaras reclamam da precariedade no fornecimento de energia e água na área da tribo, o que dificulta a permanência deles na região.

Durante a conversa, diretores da Terracap ressaltaram ter um papel meramente de mediação no processo, já que a empresa é proprietária e titular da área.

Após o encontro, os indígenas se comprometeram a não mais tentar interromper as obras da Avenida W9 e uma nova reunião foi agendada para o fim do mês com a presença da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Entenda o caso

Na última segunda-feira (13/7), funcionários da Terracap foram feitos reféns por indígenas da tribo Guajajara no Noroeste. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada. Após 30 minutos de negociação, os funcionários públicos foram libertados.

Os trabalhadores foram abordados pelos Guajajara enquanto chegavam de caminhão ao local das obras da via W9. Os indígenas chegaram a reter o veículo da Terracap, mas devolveram o caminhão no fim daquele dia.

A Polícia Federal (PF) vai investigar a ação dos indígenas, já que são inimputáveis pela legislação brasileira.

Funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) estiveram no local e ajudaram a PMDF na negociação. Por volta das 15h45, os índios liberaram o veículo da empresa pública.

 

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