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Controle de perfis nas redes pelo Buriti revolta órgãos de Segurança

Ofício expedido pela Secretaria de Comunicação cobra as senhas de perfis da estrutura do GDF para a administração da pasta

atualizado

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1 de 1 maos - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Integrantes dos órgãos da Segurança Pública do Distrito Federal estão inconformados com a decisão do governo de ter o controle total dos perfis das instituições nas redes sociais. A ordem partiu da Secretaria de Comunicação (Secom) do GDF, que expediu ofício no dia 11 de abril para todas as assessorias de imprensa ligadas ao Executivo local.

A justificativa da Secom é que, com a proximidade do período de campanha, o órgão precisa administrar todo o conteúdo publicado na internet para “garantir o cumprimento da legislação eleitoral”. A medida vale para os perfis oficiais no Twitter, Instagram, YouTube e Flickr.

No entanto, há resistência entre policiais civis, militares e bombeiros. A avaliação é que as forças de segurança são órgãos de Estado, e o governo não pode e não deve interferir de forma tão incisiva nesses canais de comunicação.

Veja o documento:

Reprodução

 

Procurada, a Secretaria de Comunicação afirmou que “o objetivo do ofício é cumprir a legislação eleitoral, que determina que sites, portais e páginas em redes sociais oficias sejam retirados do ar, mantendo-se apenas as informações básicas de horários e serviços de atendimento à população”.

A preocupação se ampara em decisões recentes da Justiça. A legislação eleitoral fisgou o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e o ex-vice Tadeu Filippelli (MDB). Em dezembro de 2017, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve condenação da dupla, por terem desvirtuado propaganda do Governo do Distrito Federal em favorecimento próprio durante a campanha de reeleição em 2014. A decisão resultou na inelegibilidade do petista e na pena de multa de R$ 106,4 mil.

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