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Agenda de Ibaneis mira Palácio do Planalto e reforço no caixa do GDF

Pela manhã, o governador esteve na Caixa Econômica. À tarde, almoça com Bolsonaro e recebe o ministro Lorenzoni no Buriti

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ibaneis Rocha – entrevista no Metrópoles
1 de 1 Ibaneis Rocha – entrevista no Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) reservou a quarta-feira (16/1) para melhorar a interlocução com o governo federal, de olho em reforçar o caixa do GDF. Pela manhã, o emedebista esteve na Caixa Econômica Federal. No início da tarde, almoça com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Depois, às 15h30, recebe Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil, no Palácio do Buriti. Entre os temas tratados nos encontros, estão as pendências relacionadas ao Centro Administrativo do GDF (Centrad) e o reajuste salarial das forças de segurança do DF.

Logo cedo, o governador esteve na Caixa Econômica Federal (CEF), onde se encontrou com o presidente do banco público, Pedro Duarte Guimarães. Os dois conversaram rapidamente sobre a liberação de recursos para moradia e obras de infraestrutura no Distrito Federal, além dos entraves do Centrad, centro administrativo do GDF construído em Taguatinga.

O imbróglio envolvendo o Centrad dura até hoje e vem desde o início de 2015, quando a Justiça suspendeu o Habite-se concedido pelo governo de Agnelo Queiroz (PT), nos últimos dias de seu mandato, por supostas irregularidades na construção. Em 2017, foi criada uma força-tarefa após virem à tona denúncias de executivos da empreiteira Odebrecht em delações premiadas e acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato.

O Executivo local tem uma dívida de R$ 970 milhões com a Caixa e uma de R$ 170 milhões com o Santander por conta da obra e não consegue captar recursos federais devido ao débito.

O almoço com Bolsonaro faz parte da agenda da passagem do presidente da Argentina, Maurício Macri, por Brasília. A ideia é aproveitar uma brecha para pedir ao comandante do Executivo nacional uma atenção especial para a liberação de recursos ao DF.

O tema será o mesmo na conversa com Lorenzoni. Ibaneis depende do aval do Palácio do Planalto para dar paridade aos policiais civis (em relação à Polícia Federal) e aumentar os salários dos policiais militares e bombeiros, uma vez que toda a área de segurança é custeada com recursos do Fundo Constitucional do DF, bancado pela União. Promessa de campanha do emedebista, o reajuste deve ser pago neste ano, provavelmente em duas ou três parcelas.

Pacote emergencial
No final da tarde, o governador recebe a bancada que o apoia na Câmara Legislativa. Na pauta, o pacote emergencial. Ibaneis quer que os distritais se reúnam em sessão extraordinária, durante o recesso, para votar projetos que considera de suma importância.

No pacote de projetos, estão a criação de estruturas como as administrações regionais do Pôr do Sol e Sol Nascente, de Arapoanga e de Arniqueiras; a expansão do modelo de gestão do Instituto Hospital de Base (IHBDF) para outras unidades; a redução da alíquota de impostos, como IPVA e ICMS; e a renegociação de dívidas, prevista no programa Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania/Fiscal (Cejusc/Fiscal). “O que me compete é encaminhar os projetos a eles. Queria que os deputados tivessem carinho e sensibilidade para ver que são importantes”, reforçou Ibaneis nessa terça-feira (15).

Aliados do emedebista calculam que 11 deputados, dos 18 declaradamente governistas, aceitariam atender prontamente o primeiro pedido público do governador. Por isso, Ibaneis tem investido numa aproximação com a Casa a fim de garantir maioria mais folgada para aprovar as medidas.

Segundo alguns distritais, o fim do recesso está próximo – 2 de fevereiro – e isso derrubaria a necessidade de uma convocação às pressas. Muitos sustentam que o governo pode esperar as duas semanas que faltam para a retomada das sessões deliberativas.

Ibaneis, contudo, tem pressa. Ele escalou seu time de articulação política para procurar cada distrital com o fito de convencer sobre a urgência da pauta.

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