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Abandono de Ibaneis mexe no tabuleiro das eleições de outubro no DF

Com menos um pré-candidato ao Buriti, líderes partidários redesenham as articulações políticas

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Palácio do Buriti
1 de 1 Palácio do Buriti - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Com a desistência de Ibaneis Rocha (MDB) de concorrer à cadeira mais importante do Palácio do Buriti, anunciada neste domingo (4/2), abriu-se um espaço de novas negociações no meio político brasiliense.Nos bastidores, este movimento já era esperado. Mesmo assim, o direcionamento de apoio do advogado ao ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR) causou desconforto entre integrantes da oposição ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

A decisão do ex-presidente da OAB-DF resultou numa corrida interna para desfazer o mal-entendido. Com a repercussão negativa entre correligionários de Ibaneis, o presidente regional do MDB, Tadeu Filippelli, tratou de alinhar o discurso da sigla em apoio a um futuro candidato de consenso. O ex-governador do DF tem tido importante papel na costura de diferentes frentes que buscam derrotar Rollemberg nas urnas.

O trabalho do presidente emedebista serviu para acalmar os aliados, mas não evitou críticas ao ex-pré-candidato por parte dos líderes partidários. “Ele nunca esteve dentro dos planos de composição como candidato majoritário”, disse o presidente regional do PSDB, Izalci Lucas. Ao minimizar a participação de Ibaneis Rocha, o tucano assegura que as negociações continuam a todo vapor com outras legendas.

Presidente regional do PTB e aliado de Tadeu Filippelli, o ex-deputado Alírio Neto aponta falhas na condução do processo por Ibaneis. “Ele começou mal ao querer ser candidato sem passar por outras experiências públicas. É como se eu decidisse, em cima da hora, concorrer à OAB, onde não tenho histórico. Não faria nenhum sentido”, disse Neto.

Mesmo incomodadas com a atitude de Ibaneis, as lideranças do grupo que se programa para fazer contraponto ao governo em curso cuidaram para não elevar o tom das críticas de modo a dificultar a formação de uma possível chapa. O MDB detém tempo significativo de rádio e de televisão, além de um robusto fundo partidário. Há ainda a força do Palácio do Planalto, comandado pela legenda.

Aliança por aliança
Se uma ala da oposição desaprovou a iniciativa de Ibaneis, a outra reconheceu a importância do gesto do emedebista. “Ibaneis é um homem íntegro e sério. Poderá ajudar o DF em qualquer lugar onde esteja”, aliviou o deputado federal Rogério Rosso, presidente do PSD local.

Representante do PPS-DF, a distrital Celina Leão afirmou que o anúncio foi um gesto de grandeza. “A partir de agora, o MDB passa a se estruturar para as composições”, disse. Ambos sabem que os caminhos decididos pelo partido de Filippelli será importante para o resultado das eleições.

Aliado de Celina e de Rosso, o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), reforçou o discurso de união para tentar derrotar o atual chefe do Executivo nas urnas: “Temos de abandonar o formato da disputa pela disputa e assumir um modelo colaborativo que tenha a cidade como maior beneficiária. Precisamos de uma aliança para salvar Brasília”.

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