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Grupo LVMH discorda de decisão da Kering. Entenda o caso!

Segundo o WWD, o conglomerado de luxo não seguirá o exemplo do concorrente, que só contratará modelos com mais de 18 anos a partir de 2020

atualizado

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Reprodução/Instagram/@YSL
capa kaia gerber
1 de 1 capa kaia gerber - Foto: Reprodução/Instagram/@YSL

Há poucos dias, o grupo Kering (Gucci, Balenciaga, Saint Laurent)  aumentou para 18 anos a idade mínima para estrear nas passarelas. No entanto, segundo informações do portal WWD, o concorrente LVMH (Louis Vuitton, Dior, Givenchy) não está de acordo em aderir à mudança.

Nessa sexta-feira (17/05/19), o diretor de comunicação e imagem da holding, Antoine Arnault, afirmou que discorda da medida. “Nós não seguiremos o exemplo. Vamos nos ater à nossa posição”, declarou.

Vem comigo entender o caso!

 

A decisão do grupo Kering, anunciada nessa quarta-feira (15/05/2019), vale para os desfiles e campanhas direcionados para o público adulto. Ela entra em vigor em 2020, já nas semanas de moda da temporada outono/inverno 2020/2021. O presidente e CEO, François-Henri Pinault, disse que espera encorajar a indústria de luxo a seguir o exemplo. Pelo visto, não funcionou com o principal concorrente.

“Dois anos atrás, assinamos esta carta, que na minha opinião é muito equilibrada e continha avanços significativos para modelos de 16 a 18 anos”, contrapôs Arnault. Ele se refere a um acordo definido entre as duas holdings, em 2017, com melhorias nas condições de trabalho dos profissionais. Entre as mudanças, está a exigência de acompanhamento dos jovens dessa faixa etária por algum responsável, que pode ser um dos pais.

Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images
O grupo Kering, dono de grifes como Gucci, Balenciaga, Saint Laurent, Alexander McQueen e Bottega Veneta, decidiu contratar somente modelos com mais de 18 anos a partir de 2020

 

Stephane Cardinale - Corbis/Corbis via Getty Images
Kaia Gerber, de 17 anos, é recorrente na passarela da Saint Laurent desde seu primeiro show, no desfile de primavera/verão 2018

 

Pascal Le Segretain/Getty Images
Kaia no desfile de alta-costura primavera/verão 2019 da Givenchy. A marca pertence ao conglomerado de luxo LVMH, que não concorda com a nova decisão do concorrente

 

“Não vamos nos enganar. Não é por que um grupo bane esses modelos que eles irão parar de trabalhar. Pelo contrário, nós fornecemos a eles um ambiente protegido, então eu sou totalmente contra essa proibição de modelos com menos de 18 anos”, completou Arnault.

Um exemplo citado por ele foi o caso da modelo Kaia Gerber, que estreou nas passarelas aos 16 anos, no New York Fashion Week. Hoje, a filha da supermodelo Cindy Crawford tem 17 anos, mas poderá continuar desfilando para as grifes do grupo Kering quando a medida entrar em vigor, já que faz aniversário em setembro. Em 2018, ela foi escolhida como Modelo do Ano pela premiação Fashion Awards, organizada pelo Conselho de Moda Britânico.

Jeff Spicer/BFC/Getty Images
Kaia Gerber foi eleita Modelo do Ano no Fashion Awards 2018

 

Estrop/Getty Images
A Fendi é uma das grifes do grupo LVMH que mais contratam Kaia para desfilar

 

Arnault disse, ainda, que o grupo consultou psicólogos infantis quando optou por uma idade mínima para os manequins. Para eles, não há problema em contratar modelos entre 16 e 18 anos. Marie-Claire Daveu, diretora de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais Internacionais da Kering, acredita que a maturidade física e psicológica dos 18 anos é mais adequada para o ritmo da profissão.

Colaborou Hebert Madeira

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