Mais um São Paulo Fashion Week chegou ao fim no último sábado (27/04/2019), quando as 36 marcas que integraram o line-up desta edição da semana de moda concluíram as exibições de suas apostas para a próxima temporada.
Entre as dezenas de tendências mostradas no evento, nove se destacaram. Porém, a mais interessante diz respeito à independência do mercado brasileiro em relação às novidades da moda internacional.
Se no hemisfério norte o estilo punk e os tons vibrantes, como rosa e amarelo, tomaram conta das passarelas de Milão e Paris, por aqui a brasilidade superou as trends gringas.
Vem conferir comigo quais as principais tendências vistas no SPFW!
The Handmade’s Sale
O São Paulo Fashion Week, quando comparado às demais semanas de moda do país, sempre se manteve mais distante dos regionalismos brasileiros – contudo, nesta edição, o handmade finalmente ganhou lugar de destaque no evento. Os macramês, crochês e tricôs deixaram de fazer parte apenas das etiquetas de moda praia e invadiram o segmento contemporâneo.
Explosão de cor
Outra característica bem brasileira que apareceu nas passarelas da maior semana de moda da América Latina: estampas e looks multicoloridos. Diferente da sobriedade que sempre norteia as cartelas de cor das coleções exibidas na metrópole paulista, os designers optaram por alegrar suas novas criações com motivos étnicos, tropicais e artsy.
Cobras e gatos
Falando em estampa, as animal prints, mais uma vez, mostraram sua força atemporal. Único resquício das tendências mostradas nas semanas de moda internacionais, os padrões que imitam as peles e pelos dos bichos foram revisitados, principalmente, em texturas de cobras e leopardos.
Três tons de monocromático
Embora as estampas tenham sido muito utilizadas pelas marcas presentes na N47, vários designers optaram por dar continuidade à tradição neutra e sóbria do SPFW. Os looks monocromáticos puderam ser vistos em silhuetas mais distantes do corpo e em apenas três cores: vermelha, preta e branca.
Contraste sensorial
O contraste de cores não foi o único difundido no evento de Paulo Borges. A mescla de texturas foi recorrente nos desfiles mais dramáticos e conceituais, como Lino Villaventura, João Pimenta e MIPINTA. Superfícies lisas e cintilantes se uniram aos relevos dos jacquards, telas, rendas e matelassês.
Pescoço coberto
As tendências mostradas nas semanas de moda, geralmente, giram em torno de estilos, cores e peças específicas, mas, curiosamente, vários aspectos de modelagem marcaram a N47, como as golas altas. Revisitada com frequência no street style, a característica inundou a maioria dos trabalhos exibidos na semana passada.
Foco nas extremidades
Famosos nos anos 1980, os ombros marcados estão de volta com força. Porém, a ombreira não foi o único recurso usado para evidenciar as extremidades superiores do tronco. Babados, drapeados e até fitas de renda foram estrategicamente posicionados a fim de dar volume.
V profundo
Em Milão, as golas finalizadas com laços bombaram, mas o clima brasileiro pede mais liberdade, conforto e sensualidade. Então, para a próxima temporada, os estilistas brasileiros apostaram todas as suas fichas no decote em V profundo.
Movimento elegante
Graças ao crescente uso do macramê, os acabamentos em franjas foram recorrentes nas coleções mostrada na N47, garantindo movimento às peças. Em camadas ou em versões mais longas, as tiras de tecido e linha apareceram em vestidos, blusas, conjuntos e até chapéus.
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Colaborou Danillo Costa