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Condé Nast suspende publicações impressas da Glamour americana

A partir de janeiro, atividades da revista serão voltadas às plataformas on-line

atualizado

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2018 Glamour Women Of The Year Awards: Women Rise – Show
1 de 1 2018 Glamour Women Of The Year Awards: Women Rise – Show - Foto: Getty Images

Outra baixa no mercado editorial! A Condé Nast, empresa que detém títulos como Vogue, Vanity Fair e The New Yorker, anunciou, nesta terça-feira (20/11), que a Glamour americana não terá mais impressões periódicas. A partir de dezembro, a revista voltará suas atividades apenas às plataformas on-line, com publicações pontuais no decorrer do ano.

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Embora o número de assinantes da Glamour tenha permanecido estável nos últimos três anos (em torno de 2,2 milhões), a Condé Nast já preparava o terreno para retirar a marca das bancas. Em 2017, a editora reduziu a quantidade de publicações impressas de 12 para 11 e nomeou uma jornalista especializada em publicações on-line, Samantha Barry, como editora da revista.

Samantha, quem comandava as mídias sociais da CNN antes de tomar a frente da Glamour, acredita que o plano de acabar com os periódicos é uma decisão acertada. “É onde nosso público e crescimento está. Essa programação mensal não faz mais sentido para as nossas leitoras. Não somos mais apenas uma revista, somos uma marca de sucesso”, declarou a editora.

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Para a editora-chefe da Glamour, o formato revista não faz mais sentido para as leitoras

 

Desde que Barry assumiu o comando da revista, os acessos ao portal da Glamour subiram consideravelmente. Os espectadores mensais aumentaram em 12%, chegando a 6,3 milhões, e o número de inscritos no canal da revista no YouTube subiu em mais de 110%.

A jornalista acrescenta ainda que algumas publicações impressas serão feitas no decorrer do ano, em ocasiões especiais, como no prêmio Mulheres do Ano, mas não se sabe como esse material será disponibilizado ao público. O acesso ao conteúdo on-line da Glamour permanecerá gratuito até segunda ordem.

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Revista mudou sua logo neste ano

 

Em comunicado, a editora-chefe da Vogue America e diretora criativa do grupo Condé Nast, Anna Wintour, elogiou as iniciativas de Samantha. “Além de ser uma vanguardista, Barry é a personificação da moderna mulher Glamour. Estou muito feliz com o plano dela para o futuro da revista, pois ela alcançará mais leitores nas plataformas digitais, enquanto usa o poder da impressão para destacar momentos como o Mulheres do Ano”, disse Wintour.

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Huma Abedin, Samantha Barry, Anna Wintour e Wendi Deng no Glamour Women of The Year Awards deste ano

 

Fundada por Condé Montrose Nast em 1939, a Glamour, antes conhecida como Glamour of Hollywood, não é a primeira revista do grupo a se afastar das bancas. No ano passado, após registrar um prejuízo de US$ 120 milhões, Condé Nast encerrou as impressões regulares da Teen Vogue e da Self e vendeu os títulos Brides, Golf Digest e W. Além disso, a editora alugou seis andares de sua sede, localizada no World Trade Center.

Contudo, a diretora de marketing da Condé Nast, Pamela Drucker Mann, enfatiza que as mudanças na Glamour não fazem parte dos cortes de gastos da companhia. “Trata-se de uma evolução da marca. Ela, hoje, já não se adequa ao formato revista. Estamos redirecionando o título para um novo caminho, acreditando que terá mais sucesso do que nunca”, garante.

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Capa com Kim Kardashian. Uma das mais vendidas da revista

 

O último exemplar impresso da Glamour americana chega às bancas na próxima segunda-feira (26/11).

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Colaborou Danillo Costa

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