Como Salvar o Futuro: André Carvalhal cria nova obra sobre sustentabilidade

Lançado recentemente, o livro do consultor e estilista aborda hábitos, incluindo os de consumo, que prejudicam o planeta

Ilca Maria Estevão
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O estilista e consultor André Carvalhal acabou de lançar mais um livro com foco em sustentabilidade. Batizada de Como Salvar o Futuro, a nova obra “pensa o amanhã” a partir de temas atuais, como hábitos de consumo, novas formas de educação e trabalho, além do veganismo.

Vem comigo!

André Carvalhal é autor dos títulos Moda Imita a Vida: Como Construir uma Marca de Moda (2014); Moda com Propósito: Manifesto pela Grande Virada (2016); e Viva o Fim: Almanaque de um Novo Mundo (2018), com o qual foi finalista do prêmio Jabuti 2019. O carioca também atua como consultor e especialista em design para sustentabilidade. Além disso, é o fundador da marca colaborativa Ahlma.

No novo projeto, o objetivo é enfatizar a necessidade de uma mudança ampla e significativa. O livro Como Salvar o Futuro demonstra exemplos de hábitos e ações que se tornaram comuns no cotidiano mas que prejudicam o planeta. Entre eles, segundo Carvalhal, estão a exploração do meio ambiente e a opressão de indivíduos e grupos de minorias, como pessoas negras, mulheres, indígenas e a comunidade LGBTQIA+.

Como Salvar o Futuro é o novo livro de André Carvalhal

 

A obra foi editada e produzida durante a pandemia

 

André Carvalhal é consultor e especialista em design para sustentabilidade, além de estilista

 

“Optamos por fazer de forma remota e digital, somente em e-book. Assim contribuímos para reduzir o número de pessoas circulando e a obrigação de ir às lojas para comprar. Mas faço, principalmente, com a intenção de experimentar um novo caminho”, ponderou Carvalhal

 

A publicação aborda tensões atuais do mundo, incluindo hábitos desenfreados de consumo

 

Publicado pela Editora Paralela, Como Salvar o Futuro já está disponível no Brasil pela Amazon. A única versão oferecida é em e-book. Apesar de ter sido escrita antes do surto da Covid-19, a obra começou a ser editada e produzida no início da pandemia, “respeitando a necessidade de distanciamento social e de reprogramação do mundo”.

“As gráficas e livrarias fecharam, e não sabíamos o que viria pela frente”, explicou Carvalhal, pelo Instagram. Ele destacou que há muitas vantagens nesse tipo de conteúdo, como a praticidade e a economia de recursos naturais para confecção e envio.

Além de ser o que Carvalhal acredita como foco para a indústria, a transparência permeia as vivências do próprio escritor. “Faço consultoria para marcas de diversos segmentos nas áreas de direção criativa, comunicação e sustentabilidade. Mas me sinto cada vez mais desconectado da moda. Não é mais minha principal área de atuação, mas acho que ainda posso contribuir bastante no que diz respeito à sustentabilidade nessa área”, declarou.

A publicação foi toda escrita em linguagem neutra e inclusiva. “Desde meu primeiro livro, surgiram alternativas que visam desconstruir generalizações sexistas, que tendem ao masculino, sobrepondo-se a identidades femininas e não binárias”, relatou Carvalhal, “Neste livro, estou usando outras formas neutras, como o uso do ‘e’ no final de algumas palavras – como ‘todes, algumes, filósofes’. Vale ressaltar que essa não é uma norma gramatical, mas uma escolha simbólica, na intenção de tornar a linguagem mais neutra e inclusiva para todes”, acrescentou.

 

Colaborou Rebeca Ligabue

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