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Terreno do Lar dos Velhinhos é desocupado após decisão da Justiça

O imóvel era alugado por uma escola, em Taguatinga. A instituição cobra do colégio dívida de R$ 362 mil

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Lar-dos-Velhinhos
1 de 1 Lar-dos-Velhinhos - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O terreno do Lar dos Velhinhos em Taguatinga alugado por uma escola foi desocupado, por ordem judicial, na manhã desta sexta-feira (10/01/2019).

A Associação São Vicente de Paulo de Belo Horizonte, responsável pela instituição, alega que a dívida do Colégio Certo é de R$ 362.075,16.

Com 3.456 metros quadrados, o espaço abriga área de lazer com quadra de esporte. Ele foi alugado em 2002, mas o pagamento pelo imóvel não seria efetuado desde julho de 2015.

A escola mantém as atividades em um prédio próprio, que fica ao lado do lote alugado. Por isso, não deve haver prejuízo aos alunos.

O estacionamento do Colégio Certo ocupava parte do terreno do Lar dos Velhinhos. Uma cerca começou a ser construída nesta sexta-feira para dividir os imóveis.

Em abril de 2019, a 1ª Vara Cível de Taguatinga determinou a desocupação voluntária em oito meses, mas o prazo acabou em 26 de dezembro sem que a decisão fosse cumprida.

Na terça-feira (07/01/2019), foi determinada a expedição com brevidade de novo mandado de desocupação, com autorização de uso de força policial, caso necessário.

O Lar dos Velhinhos é uma instituição católica que abriga, gratuitamente, 32 idosos carentes e doentes no DF. O asilo vive de doações e o dinheiro do aluguel ajuda na manutenção do serviço.

Ainda não há previsão sobre o futuro do imóvel. “Pretendem alugar novamente para continuar a manter o asilo. Mas não sabe se vão conseguir”, pontuou a advogada da Associação São Vicente de Paulo, Michele Queiroga.

O que diz a escola

Diretor-administrativo do Colégio Certo, Wesley Borges frisou que a área da instituição de ensino é de propriedade particular.

“Esse terreno [do Lar dos Velhinhos] era baldio. Uma das propostas da escola era cuidar dele para que não denegrisse a imagem do colégio. Plantamos mudas nativas e zelamos pelo imóvel”, disse à coluna.

Sobre o valor cobrado pelo asilo, Borges afirmou que “se existe um débito, será quitado, obviamente”.

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