Sandra Faraj quer desqualificar ex-chefe de gabinete no caso Netpub
Manoel Carneiro é uma das testemunhas da empresa contra a deputada distrital, acusada de desviar recursos da verba indenizatória
atualizado
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Principal testemunha do caso em que a distrital Sandra Faraj (SD) é acusada de desvio de recursos públicos, Manoel Carneiro, ex-chefe de gabinete da parlamentar, pode ficar fora da lista dos depoentes. Pelo menos é a vontade da defesa da deputada. O depoimento do ex-funcionário está agendado para esta quarta-feira (31/1), na 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial de Brasília. Na ocasião, serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação.
No processo, a distrital é acusada de ter contratado um serviço de publicidade, pego as notas com carimbo de “recebido”, sido reembolsada por verba indenizatória na Câmara Legislativa e não ter repassado o valor de R$ 150 mil à Netpub.
Ao justificar o pedido de afastamento, os advogados de Sandra Faraj questionam a idoneidade de Carneiro e alegam que ele é réu em outro processo por supostamente ter “mentido” quando pediu sua aposentadoria por completa invalidez.A defesa destaca que Carneiro teria se aposentado por invalidez, mas continuaria muito ativo. Ele estaria fazendo viagens ao exterior, cursos e até mesmo cuidando da campanha de um pré-candidato ao governo do Distrito Federal, conforme revelou o Metrópoles no ano passado.
“Sendo mentira, ele não tem credibilidade para depor”, argumenta o advogado Francisco Caputo.
Pediu, ainda, que os demais testemunhos sejam descartados. Para o defensor, já existe material documental suficiente para provar a inocência de Sandra Faraj.
Em nota, Filipe Nogueira, proprietário da Netpub, disse estar confiante na Justiça. E não poupou críticas à tentativa da parlamentar de desqualificar as testemunhas: “Os jeitinhos da deputada e pastora Sandra Faraj não anulam a verdade já comprovada nos autos pela investigação do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios. Ela não provou nada até agora. Só enrola. Na Justiça, não há jeitinho, não há acordo político. Ou prova ou paga”.
Procurado pelo Metrópoles, Manoel Carneiro não retornou até a publicação desta reportagem.