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Juíza brasiliense deixa AMB após seminário só com palestrantes homens

“A exclusão do nosso espaço de fala não pode passar despercebida”, afirmou Rejane Jungbluth Suxberger, do Juizado Especial de São Sebastião

atualizado

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1 de 1 juiza - Foto: Arquivo Pessoal

A juíza brasiliense Rejane Jungbluth Suxberger decidiu se desfiliar da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) após o órgão divulgar a programação do seu principal congresso. Dos 28 palestrantes, 26 são homens. Preenchem a cota feminina a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a senadora Ana Amélia (PP).

“Há magistradas qualificadas para participar dos debates. Mas as mulheres são constantemente excluídas dos espaços de poder, são silenciadas. É inadmissível e não me sinto parte da associação. Não vou continuar pagar a mensalidade e receber flores no Dia da Mulher”, disse a juíza à coluna.

A violência de gênero faz parte da rotina diária da magistrada. Titular do Juizado Especial de São Sebastião, lançou neste ano o livro Invisíveis Marias – Histórias além das quatro paredes. Uma coletânea de casos que passaram pela unidade comandada por ela. “Vivo essa realidade. A luta por respeito é enorme. E não podemos aceitar que não nos deixem falar”, pontuou.

Rejane Suxberger oficializou o desligamento em documento encaminhado ao presidente da AMB, Jayme Martins de Oliveira Neto, nessa terça-feira (3/4). A entidade não se pronunciou sobre o assunto.

Confira:

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