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Escola Britânica de Brasília reajusta mensalidades em 6,9% durante a crise

De acordo com os pais, a instituição de ensino não deu qualquer explicação sobre o aumento

atualizado

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Fachada da Escola Britânica
1 de 1 Fachada da Escola Britânica - Foto: Divulgação

A Escola Britânica de Brasília indignou pais de estudantes ao aplicar um reajuste de 6,9% nas mensalidades e taxas escolares em meio à crise provocada pelo novo coronavírus sem apresentar qualquer justificativa.

De acordo com os pais ouvidos pela coluna Grande Angular, a instituição de ensino, localizada na Quadra 708 Sul, limitou-se a enviar os contratos de renovação de matrícula com os novos valores. “Não houve nenhum comunicado, nenhuma explicação. Só enviaram o documento e quem não assinasse corria o risco de perder a vaga do filho na escola”, protestou uma mãe.

Com o aumento, as mensalidades da instituição chegam a R$ 6,8 mil para alunos dos últimos anos do ensino fundamental. O valor pago ainda é acrescido de uma taxa referente à alimentação e outra ao ensino de inglês como segunda língua, totalizando R$ 7,7 mil.

“Alguns dos pais, ao questionarem o aumento, receberam uma resposta por e-mail informando que o incremento teve como base o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) e que era necessário para equilibrar as contas da escola. Só. Nenhuma menção aos meses de aulas a distância, de crise provocada pelo coronavírus, nada”, contou um pai.

Após procurarem orientações do Procon-DF, um grupo de pais solicitou que a escola apresentasse as planilhas dos gastos que justificassem o reajuste. “Não apresentaram nada, não deram qualquer explicação, é um desrespeito”, afirmou outro familiar ouvido.

De acordo com especialistas em direito do consumidor ouvidos pela coluna, diferentemente de outros serviços contínuos, como telefonia, a portabilidade no caso das instituições de ensino é muito mais complicada, uma vez que pode comprometer a formação dos alunos.

Calendário

O calendário da escola internacional é diferente do modelo adotado pelas demais instituições. O início do ano letivo está previsto para agosto. Situação que torna ainda mais difícil a opção por mudança de colégio.

“Estamos de mãos atadas. A escola não presta qualquer esclarecimento e parece completamente insensível ao que está acontecendo no mundo. Em um e-mail me disseram que ‘tão logo termine a pandemia, as pessoas vão voltar a ter seus rendimentos’. É um absurdo. Estão completamente deslocados”, contou um pai.

A coluna ligou diversas vezes para a Escola Britânica de Brasília. A única informação prestada foi a de que a pessoa responsável não estava presente. A reportagem deixou os contatos, mas não obteve qualquer retorno da instituição de ensino. O espaço continua aberto para manifestações.

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Escola das Nações

No início do mês, outra escola internacional surpreendeu os pais ao reajustar as taxas e mensalidades. Como mostrou a Grande Angular, a Escola das Nações apontou a crise provocada pela Covid-19 como uma das justificativas para o reajuste de 3,5%.

“Vimos o dólar disparar além de 25% frente ao real e, mais recentemente, os impactos na economia, oriundos das medidas de distanciamento social tomadas pelas autoridades”, dizia o texto encaminhado aos pais.

Após a publicação da nota, no entanto, a instituição recuou e revogou o aumento. “A Escola das Nações decidiu suspender o reajuste de 3,5% sobre a mensalidade e taxas para o próximo ano letivo até que possamos retomar as aulas em nossos campi”, informou por e-mail.

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