Toyota SW4 renovada chega às lojas. Mas preços a partir de R$ 205 mil estão no limite do bom senso
A tradicional SUV continua valente, mas ganhou luzes em LED, novos equipamentos tecnológicos e um interior mais caprichado
atualizado
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O sogro que mais gosto, que mora lá no Recife, tem um Toyota SW4 desde que o SUV surgiu por aqui no Brasil, em meados da década de 1990. Agora, ele vai ter que trocá-lo: o modelo 2016 ficou bem diferente dos anteriores, com influências positivas no conforto, na beleza, nos recursos tecnológicos.
Também, vale lembrar, elevou um pouco (em torno dos 5%, em média) a faixa de preços para as duas versões SRX, com duas opções de motor: o V6 a gasolina de 4.0 e o diesel de 2.8 litros.
A tabela parte de R$ 205 mil para o V6 e de R$ 220 mil para o diesel com cinco lugares (com três fileiras de bancos, sobe para R$ 225 mil). Isso significa que para opção de sete lugares, a nova SW4 ficou cerca de R$ 15 mil mais cara.
E quanto ao visual? Bem, gosto é gosto – como diria o filósofo -, mas ela ficou de fato mais bonita. Confiram nas fotos abaixo e veja um vídeo em https://goo.gl/3arppe. A lateral, por exemplo, ganhou uma linha de vidros, com vincos, que a deixa mais elegante.
A ideia da Toyota, assumida claramente, foi separar o SW4 da picape Hilux (passar a ideia de que um não é complemento do outro). No entanto, vale ressaltar: nos trechos de terra deu para sentir que o SW4 pula tanto quanto a Hilux, parecendo, sim, com esta última.
Bem, para marcar essa “diferenciação”, o visual ficou mais high-tech, digamos assim. Os faróis estreitos (viraram moda) levam luzes diurnas de LED. A grade ganhou menos linhas de cromados.
As lanternas traseiras, agora bem mais afiladas, ganharam uma barra cromada.
Em relação a tamanho, o SUV cresceu 9cm no comprimento e 2 cm na largura. O vão livre, importante para quem usa estradas de terra, melhorou em relação ao solo: era de 22cm e foi para 28cm nas versões a diesel.
O novo SW4 também ganhou um acabamento bem mais caprichado no interior. Há um bom uso de couro e de madeira até no volante, mas o plástico (ah, o plástico ) sobrevive. Quem tem ou já dirigiu um Corolla vai sentir muitas semelhanças: na alavanca de câmbio, por exemplo.
Os bancos, em couro, são bem mais confortáveis (a empresa pôs os dois modelos, novos e antigos, frente à frente, para comparação).
A posição de dirigir é boa, principalmente pelos ajustes de profundidade e altura do volante. No entanto, no banco traseiro (segunda fila) não cabem três pessoas.
Na estrada, num teste de 180km, deu para perceber que o torque a deixa soberana (ainda mais nas excelentes rodovias pedageadas de São Paulo). Afinal, o torque é de impressionantes 45,9 mkgf, oferecido pelo motor 2.8 diesel de 177cv – que aguenta fácil os quase 2.000kg do SUV.
As retomadas, portanto, ficam fáceis, sem oferecer sustos – assim como as acelerações constantes. Independentemente do motor, o câmbio é automático de 6 marchas (com opções de troca atrás do volante). E ainda, vale lembrar, é silenciosa internamente.
O SW4 é produzido na Argentina e traz, de série, os equipamentos obrigatórios para essa faixa de preços: bom ar-condicionado digital (com as inéditas saídas no teto para os passageiros de trás) e abertura e fechamento elétricos do porta-malas (que exige um minicurso para acioná-lo).
Apenas o banco do motorista tem regulagens elétricas – o que virou comum no meio automobilístico. Vem, também, com câmera de ré, central multimídia com tela de 7 polegadas e até mesmo TV digital.
Claro que num carro desses, o sistema de GPS é obrigatório. São, ao todo, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista).
A versão preferida certamente será mesmo a diesel de sete lugares (75% das vendas). A marca, aliás, pretende comercializar entre 8 mil e 9 mil unidades no primeiro ano.
O Metrópoles dirigiu a versão diesel, de cinco lugares, numa pequena e complicada pista em Itupeva, no interior de São Paulo. Com ajuda de um piloto fora-de-estrada profissional, o SUV foi submetido a vários desafios (subidas e descidas íngremes, lama e, claro, o uso de vários equipamentos de força e controle).