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Teste VW Tiguan 250 Comfortline: vale investir R$ 150 mil no modelo?

SUV de motor 1.4 turbo de 150cv é confortável, econômico e tem um bom pacote de segurança. Só por isso, valeria. Mas é preciso pesquisar bem

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Foto: VW do Brasil/Divulgação
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O ano de 2018 está chegando ao fim e, como sempre, com muitos a lamentar, mas outros tantos mais a festejar. Para a Volkswagen, 2018 foi excelente – e o SUV Tiguan Allspace, cedido ao Metrópoles para avaliação por 10 dias, é um dos responsáveis por esse sucesso: no primeiro semestre do ano passado, a VW era dona de 12,6% do mercado; no mesmo período deste ano, subiu para 14,8%. Só no mês passado, chegaram às garagens dos brasileiros 1.033 unidades do Tiguan – o melhor volume mensal de 2009.

A versão testada pelo Metrópoles/Entre-eixos (a 250 TSI Comfortline) sai por exatos R$ 149.990. A escolha de uma cor metálica (como a cinza platinum) eleva esse preço em R$ 2.140. Com o teto solar, some-se mais R$ 4.000: no total, o modelo tem valor final de R$ 156.130. É um modelo, para os padrões brasileiros, bem no limite do caro-barato, daquele que motiva a pergunta: vale o quanto pesa?

Foto: VW do Brasil/Divulgação

Depende – e aqui não é fuga de responsabilidade em se posicionar. Se você levar em conta que um japonês Subaru Forester XT 0km, tração 4×4 permanente, custa apenas R$ 10 mil a mais, não vale a pena. O Forester XT é muito mais carro – é capaz de gerar 240cv, com torque de 37kgfm, por exemplo. O Tiguan testado, só reforçando, oferece 150cv e 25,5kgfm de torque, com câmbio de dupla embreagem de seis marchas (banhada a óleo). Nesse ponto, não vale.

No entanto, e o brasileiro valoriza muito esse aspecto: a VW tem mais de seis décadas no país, com quatro fábricas e mais de 550 concessionárias. Na hora da revenda, item crucial (muitas vezes, até inadvertidamente) para o consumidor, um modelo da marca alemã sai-se melhor na facilidade de negócio e na relativamente pouca perda de valor de face. Nesse ponto, vale.  

Foto: Divulgação/VW do Brasil

Mas viemos aqui falar do Tiguan Comfortline – a versão de motor 1.4 turbo 250 (de 25kgmf de torque) de sete lugares. É versão intermediária das três oferecidas, que mais vende.

Desempenho

O teste com o Tiguan foi feito em vias urbanas de Brasília e de Goiânia (pouco tempo) – e na BR-060 entre as duas cidades, e com apenas dois passageiros, quase sem bagagem.

O conjunto motor/câmbio, usada em quase todas as linhas de modelo da VW e da Audi, é reconhecidamente bom. Embora sofra, sim, com tanto peso ofertado por um SUV dessas dimensões: são 1.562kg.

Nas saídas e retomadas, o fenômeno é mais sentido (um ouvido mais atento faz o condutor ‘ouvir’ as trocas de marchas do câmbio de dupla embreagem de seis marchas). Quando em velocidades constantes, na faixa dos 110km/h, a suavidade é garantida.

Nesse período de pouco mais de uma semana, o Tiguan usado pelo Metrópoles usou um pouco mais de um tanque de combustível, com números excelentes na estrada: média de 11km/l (sempre com gasolina).

O Entre-eixos, como padrão, evita cravar números absolutos de consumo, por entender que há inúmeras variáveis para defini-los, como comportamento do motorista, do tempo, da estrada e por aí vai.

Espaço

Para quatro passageiros, o espaço até sobra – é mesmo um ponto forte do modelo. Porém, aquele piso central elevado atrapalha, e muito, quem viaja no meio, atrás. Na configuração de sete lugares, cabem duas crianças pequenas na última fileira – e só.

Foto: Volkswagen/Divulgação

O porta-malas, então, fica bem pequeno: cabem, no máximo, volumes que somem até 215 litros. No entanto, com algumas variáveis – como rebater a terceira fileira – há espaço a granel (até 1.761 litros).

Em comparação à primeira geração, Tiguan Allspace fico mais comprido, largo, baixo e com a maior distância entre-eixos da categoria: 2,79m.

Interior

É bem confortável, com seus bancos de couros com ajuste elétrico (o do motorista). O acabamento do painel é de plástico, mas de boa qualidade – e o encaixe das peças parece ter recebido uma boa atenção.

Foto: Divulgação/VW do Brasil

Detalhe: a versão testada tem saída de ar-condicionado para os passageiros dos bancos traseiros. Para um país tropical, boa iniciativa. Há um bom número de porta-objetos (mas poderia ter mais).
Segurança

O Tiguan 250 TSI vem com um bom pacote de segurança – e isso ajuda a responder a pergunta se vale tanto quanto custa. São seis airbags: os dois frontais, obrigatórios por lei, e mais quatro (laterais e do tipo cortina).

Além de controle eletrônico de estabilidade (ESC), controle de tração, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem e detector de fadiga, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas de criança et.

Itens tão importantes quanto sofisticados e caros, só na versão R-Line 350: é o caso, por exemplo, do Controlador adaptativo de distância e velocidade, é capaz de frear até para quando o carro da frente também para.

Curiosidades

 O Tiguan Allspace foi apenas o primeiro de cinco SUVs a Volks lançará até 2020. Acaba de ser apresentado, por exemplo, o T-Cross

As três primeiras revisões, e para todas as versões, são de graça (peças substituídas e itens verificados, além do valor de mão-de-obra)

 O modelo é fabricado na planta de Puebla, no México

 

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