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Quantidade de mortes de motociclistas dobra em 10 anos no DF

Já o índice geral de óbitos despenca na capital da República: em 2004, foram 579 mortes; em 2015, 469

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No fim de semana, várias cidades – incluindo Brasília – de inúmeros países se organizaram em marchas para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito.

É algo para se levar a sério, sem esquecer jamais: relatório Retrato da Segurança Viária 2017, elaborado pela Ambev e Consultoria Falconi, com base em dados de 2015, constata que mais de 39,3 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no país.

No Distrito Federal, a quantidade de mortes motivadas por esses acidentes tem caído. Foram 469 mortes no trânsito do DF em 2015 – uma queda de 15% em relação a 2014 (isso significa 83 vidas, segundo o relatório divulgado este mês).

Mesmo com o aumento populacional e da frota, o número de mortes provocadas exclusivamente por carros caiu de 35% para 28%.

A queda geral é bem significativa: em 2004, foram 579 mortes – ou 25,9 por 100 mil. Em 2015, foram 469 – ou 16,1 por grupo de 100 mil. Mesmo assim, ficamos atrás de São Paulo e Rio (capitais), com taxas de 9,0 e 9,4, respectivamente.

E é importante ressaltar que o DF tem as melhores rodovias do país: 54% são ótimas ou boas, 41% são regulares e somente 5% são ruins.

Arte: Ambev
Mas há outros índices extremamente preocupantes em relação ao perfil das vítimas no Distrito Federal (veja quadro abaixo), algo a ser estudado por analistas e autoridades.

Em 2004, pelo menos 16% das vítimas fatais de acidentes eram motociclistas; em 2015, já eram 28% nessas macabras estatísticas. O índice é crescente em quase todos os municípios brasileiros.

No geral, a média mensal de mortes do usuário de motos no DF é de seis (no ano passado, foram contabilizadas cerca de 100).

Arte: Ambev

A quantidade de óbitos de pedestres também involuiu: eram 39% das vítimas em 2004 e, em 2015, chegaram a 34% (veja quadro acima). Nesse ponto, os números mostram que a situação no DF pode melhorar: em todo o país, os índices despencaram de 39% para 23%, bem melhor do que o desempenho local.

O percentual de óbito de ciclistas caiu de 9% para 8% no mesmo período no DF. No país, foi de 6% para 4%.


O DF perante ao Brasil

1º – PIB per capita
1º – IDH
9º – Leitos por 100 mil hab.
5º – Frota/População

População estimada em 2015 – Exatos 1.649.563
Frota estimada em 2015: Exatos 778.915


 

E no Brasil?

O índice de mortes por acidentes de caminhões, ônibus, carros, motos, bicicletas chegou a 19,2 por 100 mil habitantes em 2015. Em 2004, era de 19,7.

Pelo menos 80% das mortes por acidentes de trânsito em 2015 foram registradas em 13 das 27 unidades federativas, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná – e o Distrito Federal não está entre elas.

Tocantins, mesmo sendo pequeno, foi o lugar com a mais absurda e preocupante taxa de mortes: 37,2 por grupo de 100 mil habitantes. Em seguida, vêm Piauí e Mato Grosso – com taxas de 36,8 e 33,2, respectivamente.

Tonny Machado/Fotos Públicas

E sabem qual estado teve o menor índice de óbitos? O Amazonas, com 10,8 mortes a cada grupo de 100 mil habitantes. Para ter acesso à íntegra do estudo, clique aqui.

 

Estados com maior índice de mortes
(por 100 mil habitantes)

Tocantins – 37,2
Piauí – 36,8
Mato Grosso – 33,2
Roraima – 32,8
Rondônia – 28,9


Estados com menor índice de mortes
(por 100 mil habitantes)

Amazonas – 10,8
Amapá – 12,1
Rio de Janeiro – 13,3
São Paulo – 13,6
Acre – 14,3


 

Curiosidades

  • São Paulo foi o campeão em números absolutos – mas dá para entender as razões, não? Mesmo assim, registrou a quarta menor taxa de óbitos do país, atrás do Amazonas, Amapá e Rio de Janeiro.
  • O estudo mostra que essas mortes nas estradas e ruas brasileiras custaram quase R$ 12 bilhões aos cofres públicos. Só para atender os feridos, foram R$ 7,7 bilhões.
  • O Sudeste teve o maior número de fatalidades: 13.141 em 2015, mas o menor índice de óbitos por 100 mil habitantes: 15,3. Sem falar que a região reduziu o número absoluto de mortes em 17,8% desde 2010.
  • E o que causa esses acidentes (e essas mortes)? Os “especialistas” de plantão falam em embriaguez (fato) e altas velocidades (idem). Mas eles esquecem das estradas ruins, má formação do condutor etc.
  • A Cidade de Bayeux, na Paraíba, estado com um dos piores indicadores sociais do país, registrou apenas 1 morte por 100 mil habitantes.
  • No outro extremo, estão Presidente Dutra (MA), com 154,24 óbitos a cada 100 mil habitantes, e Sobral (CE), com 125,40.

Fonte: Estudo da Cervejaria Ambev e da consultoria Falconi, chamado “Retrato da Segurança Viária”, divulgado em novembro de 2017, com base em dados de 2015

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