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Novo Peugeot 208 Griffe: o que escondem seu cockpit, preço e motor? 

A beleza exterior, o bom pacote de segurança, o estilo de nave e o torque de 15,5kgfm: entenda por que essa evolução vem dando o que falar

atualizado

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Foto: Peugeot do Brasil/Divulgação
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O cantor e compositor Renato Russo pregava que ninguém deveria criar expectativas, sobre qualquer coisa: elas causam lágrimas. No caso dos fãs do Peugeot 208, que acaba de chegar totalmente renovado às concessionárias da marca, as ‘lágrimas’ foram de alegria: nunca um 208 foi tão bonito, tão tecnológico, tão gostoso de dirigir. Mas há um porém. 

O Entre-eixos passou uma semana testando a versão topo de linha, a Griffe. No entanto, antes de detalhar pós e contra, vejamos: um passeio pelos grupos de redes sociais de fãs da marca constata que a expectativa deles foi muito bem atendida – exceto pelo motor. 

O curitibano Eduardo Antonio, de um grupo com 24 mil integrantes, diz que o modelo seria seu próximo carro se tivesse vindo com um propulsor turbinado. Outro achou feia a manopla do câmbio. Um estranhou a entrada USB na tela do sistema multimídia. São detalhes subjetivos: para a maioria, só elogios.

De fato, a reação negativa ao motor tem deixado a Peugeot incomodada. Quais as razões? O ferinha da Peugeot vem com o conhecido 1.6, aspirado, com 118cv – com aceleração oficial de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. 

O torque é de 15,5kgfm. Convenhamos, é pouco torque para um carro destinado a jovens (e ainda mais a jovens endinheirados). O VW Polo com seu 1.0 turbo produz 20kgfm. A própria Peugeot tem motor turbinado. Mas alega que o 1.6 é bom, confiável e que usar o turbo elevaria muito o preço final do produto. 

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Em vias planas, como as do Distrito Federal, e circulando em horários fora do rush, o 208 é extremamente prazeroso na condução. Claro que uma acelerada mais ousada, ou mesmo numa ultrapassagem, faz lembrar da opção da Peugeot pelo aspirado. Já a transmissão automática sequencial de 6 marchas é suave – e oferta dois modos de condução: “Eco” e “Sport”, para o condutor priorizar economia ou uma performance mais arrojada.

Mas o visual interno quase de nave, bem isolada acusticamente, torna a vida no trânsito bem agradável. Se dirigir o 208 é gostoso, com o i-Cockpit fica mais ainda: o cluster em três dimensões se une ao volante pequenino e base achatada para garantir um prazer bem diferente, que deixa o motorista como aquele menino que se senta primeira vez na posição do motorista. Some-se a isso o painel de instrumentos elevado e a série de teclas vintage que dão acesso às principais funções do carro. Mas senti falta das aletas para troca manual de marcha. 

Outro mimo que fez sucesso no 208 foi teto solar, amplo e charmoso (embora não abra): no outubro agora marcado historicamente pelos 37º graus na capital federal e ar condicionado no máximo, ele ficou sempre aberto. Vitamina D pouca é bobagem. 

Por isso, vale reforçar: não há dúvidas que o 208 é o hatch mais bonito do país. Faz pedestre virar a cabeça. Os faróis em LED, com uma luz diurna belíssima, fez até um motorista de Porsche no Lago Sul reduzir a velocidade para vê-lo melhor. E há detalhes visuais interessantes, como a soleira de alumínio escovado, friso lateral. Antes que me esqueça: os bancos dianteiros são realmente incríveis, envolventes, com uma forração de Alcantara verdadeiro. 

Com a posição baixa do volante, há uma ‘atração’ para se pôr o banco na linha da coluna A – embora muitas vezes, dependendo da altura do condutor, não seja recomendado por razões de segurança. Assim, quem vai no banco traseiro se aperta. Bem, ou se apertaria: no DF, terra sem transporte público decente, quatro em cada cinco carros nas ruas só leva uma pessoa. Como o 208 é um carro urbano, certamente o comprador não leva em conta tamanho do porta-malas: são 285 litros de capacidade. 


A versão testada pelo Entre-eixos tem recursos tecnológicos, de conforto e segurança, que só vê em carros premium. Portanto, talvez compensem os R$ 95 mil sugeridos pela montadora. Aliás, o portal Motor1 fez uma pesquisa esta semana que mostra: o novo 208 já tem descontos. Exemplo: a versão Griffe cai para R$ 90 mil.

O 208 Griffe vem com um caprichado pacote de condução semi-autônoma: alerta de colisão, com frenagem de emergência, e um assistente de manutenção de faixa (com alerta e intervenção no volante). Ele avisa que o carro à frente reduziu a velocidade, e freia, se for o caso. E ainda ‘puxa’ o carro quando o motorista muda de faixa sem dar seta. É um conjunto só presente em carros mais caros. 

Nas vias do Distrito Federal, especialmente no Plano Piloto, tudo funcionou bem por uma razão singela: há faixa, por exemplo, para que os sensores “leiam” quando saímos da nossa (em muitas cidades, isso infelizmente não é possível). 

A versão oferece um interessante auxílio de farol alto: a câmera de vídeo situada no alto do para-brisas analisa as fontes luminosas e o sistema alterna automaticamente entre luz alta e luz baixa, dependendo das condições do trânsito e de iluminação. 

E também reconhecimento de placas de velocidade: a mesma câmera lê as placas de limitação da velocidade e as exibe no painel de instrumentos e depois ‘cobra’ do motorista a adaptação da velocidade do veículo (basta pressionar o botão “MEM”).

O sistema de chave presencial é diferente (para melhor) do que os outros já testados pelo Entre-eixos por reconhecê-lo sem exigir toque na maçaneta, por exemplo. Basta se aproximar. Ainda na questão de segurança, estão inclusos sensor de estacionamento traseiro, subida de vidros expressa e retrovisor direito que baixa quando se dá ré – e outros itens como parafuso antifurto.


Curiosidades

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