A China consumia 18 milhões de carros em 2012; o Brasil, 3,4 milhões; e os Estados Unidos, 12 milhões. Este ano, venderemos aqui menos de 2 milhões; os norte-americanos consumirão, 17,3 milhões.

E os chineses? Bem, eles vão consumir impressionantes 26 milhões de automóveis em 2017. Em apenas um mês, as montadoras do país mais populoso da terra venderão mais do que consumiremos em um ano aqui no Brasil.

Por isso, a grande questão, embora aparentemente singela, é: por que a fama dos carros chineses ainda é tão ruim no nosso mercado, se o país asiático produz tanto carro?

É desconhecimento? Queixas reais sobre durabilidade? Pós-venda (como falta de peças?). Design? Custo-benefício?

Bem, o Entre-eixos testou por 10 dias o T5, SUV da JAC Motors de câmbio automático, e chegou à seguinte conclusão: o carro oferece mais equipamentos de série do que muito concorrente e tem um preço menor.

Portanto, tem um bom custo-benefício. No entanto, ainda costuma ser lembrado pela expressão “mas, é um chinês!”

O carro é bonito, embora o design seja familiar e conservador – e não faz ninguém virar a cabeça para olhá-lo no semáforo.

As observações positivas, porém, superam as negativas. Não é à toa que só este modelo é responsável por 55% das vendas da JAC no Brasil.

Pontos fortes
Começam nas comparações entre preço e a lista de equipamentos de série. O ar-condicionado é digital. Para cidades ladeirosas, vale o assistente de partida em rampas.

Para as estradas, o piloto automático para conveniência e os controles de estabilidade e de tração para aumentar a segurança da viagem.

As luzes de leds diurnas não só garantem a beleza do carro, mas cumprem a missão de evitar multas.

Na vida urbana, os bancos de couro (embora não natural, mas sintético) oferecem mais conforto e os sensores de estacionamento e a câmera de ré facilitam o dia a dia.

Por fim, o sistema de segurança Isofix para cadeirinhas garantem a segurança dos pequenos.

O porta-malas não deixará na mão nem mesmo o mais exagerado dos viajantes: são 600 litros disponíveis.

Pontos fracos
O SUV tem apenas dois airbags (os frontais, exigidos por lei). Já está na hora desta e de outras montadoras ofertarem os laterais.

Não é que os materiais usados no acabamento interno sejam ruins, mas poderiam ser melhores (há muito plástico, por sinal).

O motor 1.5 cobra com ruídos altos a missão de carregar um veículo de 1,2 tonelada. Entretanto, o consumo é baixo, dependendo do modo de condução: faz 12km/l na estrada, por exemplo.

Preço: R$ 72 mil

Ficha técnica

Motor
Bicombustível 1.5, 16V, de quatro cilindros
Potência e torque
Máxima de 127cv, com torque de 15,7mkgf
Câmbio
Automático de 6 marchas