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JAC T40 ganha câmbio automático. Dá para o encarar por R$ 70 mil?

Diante da oferta de equipamento, principalmente de segurança e conforto, o Entre-eixos ousa cravar: vale, sim. Confira o que levar em conta

atualizado

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Foto: JAC do Brasil
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A marca chinesa JAC, representada no Brasil pelo grupo de Sérgio Habib, apresentou esta semana o T40 com câmbio CVT e outras novidades importantes, como o novo motor 1.6 (a gasolina) de 138cv a 6.000 rpm e 17,1kgfm a 4.000rpm.

Essa versão custará R$ 69.990, ou R$ 10 mil que a versão manual, que tem motor 1.5 de 125cv e 15,7kgfm.

De novo, a questão que envolve essencialmente os produtos chineses: é um bom custo-benefício, e por isso vale a pena encarar essa compra?

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O Entre-eixos o dirigiu por apenas 150km entre a capital paulistana e Itú, no interior de São Paulo. Mesmo assim, acha que vale. Vejamos as razões.

O desempenho na estrada é, para não exagerar, bem razoável
Dados da fábrica mostram que, para um motor aspirado (muitos concorrentes têm propulsor turbinado), o desempenho é bom. Ele faz, por exemplo, de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos. Em teste recente da revista Quatro Rodas, o Citroën Aircross levou 14,2s para tanto.

Foto: JAC do Brasil

As trocas de marchas (que, na verdade, são simuladas) ainda são perceptíveis, e o motor ‘grita’ se o motorista cravar mesmo o pé no acelerador. No entanto, o consumo instantâneo ficou em 12km/l no percurso (é um carro relativamente leve, com 1.220kg). O nível de ruído na cabine é baixo e imediatamente percebido depois das 3.000rpm. A suspensão, mesmo também levando-se em conta as excelentes estradas do interior de São Paulo, demonstrou ser bem calibrada.

O carro tem medidas interessantes para o segmento de SUVs pequenos
São 4,13m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,56 m de altura e 2,49 m de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 450 litros. Serve tranquilamente para uma vida urbana, em uma família pequena.

A oferta de equipamentos é boa, mas…
A versão CVT do T40 ganhou ar-condicionado automático, bancos de couro com bonitas costuras vermelhas. Traz o start-stop, que desliga em paradas nos semáforos, por exemplo (mas que brasileiros não gostam principalmente porque desliga o ar-condicionado). O quadro de instrumentos foi reestilizado, mas não oferece GPS. E o sistema de som (com tela de 8’’) não dá acesso aos aplicativos Apple e Android de pareamento.

A segurança e o custo-benefício: o que levar em conta?

O T40 tem também outras chamarizes, e esses são destaques, como o controle de cruzeiro com comandos no volante e um pacote de segurança com assistente para frenagens de pânico, controles eletrônico de estabilidade e de tração e até o assistente de partida em rampas, de uso apenas em carros de nível superior.

Foto: JAC do Brasil

Além monitoramento da pressão dos pneus e uma câmera frontal (foto acima) que grava toda a viagem (mas apaga automaticamente em duas horas e exige cartão SD extra). Sem falar dos sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e câmera de ré e Isofix (para cadeirinhas de bebê). E mais: alguns concorrentes do T40 usam disco a tambor nas rodas traseiras, enquanto o modelo chinês traz discos ventilados nas rodas da frente e discos sólidos na traseira.


Concorrentes
O JAC T40 automático está de olho nos consumidores que hoje escolhem (alguns, obviamente, nem tanto em função do preço e da oferta de equipamentos)

Foto: JAC do Brasil
– O Hyundai HB20X, que custa um pouco mais R$ 70 mil com configuração semelhante
– Renault Stepway Easy-R, tabelado em R$ 65.700 e conta com câmbio automatizado e apenas 118cv
– Hyundai HB20X Style, de R$ 66.760 e torque de 16,5kgfm/rpm
– O Chevrolet Onix Activ, que tem preço tabelado em R$ 67.250 com câmbio automático
– Honda WR-V EXL, a R$ 84.200 e com menos potência (116cv)

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Curiosidades

Opção única – Exatos 83,4% de todos os SUVs até R$ 100 mil vendidos no Brasil no ano passado tinham câmbio automático

Foto: JAC do Brasil
Carro elétrico – Esse modelo da JAC está sendo usada pela Volkswagen para desenvolver seus carros elétricos a serem vendidos na Europa (com a marca Seat).

Vendendo o dobro – A JAC vendeu, de janeiro a março deste ano, 718 unidades. Agora, com a versão CVT, quer vender 400 apenas ao mês

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