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Entre-eixos testou a nova S10 Midnight: o que há de melhor nela?

Caminhonete da GM tem motor de 200cv e um torque impressionante. Mas embora custe R$ 167 mil, não oferece câmera de ré ou airbags laterais

atualizado

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A Midnight, nova versão da Chevrolet S10, foi cedida pela General Motors para o Entre-eixos por uma semana. E nada melhor do que testá-la no que o Brasil oferece de melhor e pior, respectivamente: um parque belíssimo como o dos Pirineus, na região de Pirenópolis e Cocalzinho, em Goiás, e em perigosos trechos sem asfalto da BR-070, uma importante rodovia que liga Brasília à fronteira com a Bolívia.

A dama da noite da família S10 livrou-se literalmente bem das tranqueiras da BR-070 – cujos trechos com um palmo de pó de espessura aparecem, em alguns mapas, como asfaltados. Também, pudera: o modelo Midnight, lançado recentemente, só se diferencia das irmãs nos bonitos detalhes visuais – como o acabamento escurecido da cabine e tudo mais na cor metálica Ouro Negro inspirada na Colorado Midnight dos Estados Unidos.

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Tudo nela, como se vê nas imagens da galeria, tem tonalidade única: o tecido dos bancos, do revestimento do teto, na grade dianteira, nas rodas de liga leve com acabamento em preto acetinado. A General Motors escureceu até mesmo a tradicional gravata dourada da marca Chevrolet. Mas o melhor da família, o conjunto mecânico, está lá, intacto. No mais, a Midnight vem com faróis com DRL em LED, santantônio esportivo incorporado e capota marítima.

Quais são, então, os pontos fortes – e fracos – do modelo? Há bom custo-benefício para um carro – mesmo a diesel e com um caprichado motor – cujo preço sugerido é de R$ 167 mil?

Pontos fortes

O torque –
É tradicional a fama da força das picapes GM, com seus 51kgfm de torque do motor turbodiesel (e isso já aos 2000RPM). Isso torna as saídas e as arrancadas seguras – e bem emocionantes, caso você queira. Basta pressionar o pé direito e esperar a imediata reação.

Foto: GM/DivulgaçãoO consumo – Embora esse fator dependa de muitas variantes, como o estilo do condutor, as marcas obtidas nesse período de teste foram boas. Preparada apenas para diesel, a S10 Midnight gastou em torno dos 13km/l na estrada – e isso, aliado ao tanque de 76 litros, garante uma excelente autonomia de viagem.

O conjunto mecânico – O motor 2.8 turbo diesel, que oferta 200cv, é prazeirosamente bruto – e ainda tem como aliado o câmbio automático de 6 velocidades, de trocas suaves.

Foto: GM/Divulgação

A tração 4×4 – Além de eficiente, é muito simples de operar. Pode ser ajustada até em movimento, por meio do seletor giratório no console entre os bancos. Há três modos: 4×2 (tração traseira), 4×4 (integral) e 4×4 reduzida (com bloqueio do diferencial, de uso necessário apenas em situações extremas).

A segurança – De série, ela vem com controles eletrônicos de estabilidade e de tração, e mais o assistente de partida em rampas. No entanto, só tem airbags frontais, não laterais. Apenas para efeito de comparação, vale lembrar: a S10 High Country, versão topo de linha que oferece equipamentos de seguranças importantes, alertas de saída de faixa e de colisão frontal e seis airbags, e sai por cerca de R$ 195 mil.

Pontos fracos

Foto: GM/Divulgação

O volante sem comandos – Pelo valor cobrado, foi uma falha da GM não ter incluído controles para o sistema de áudio no volante – que possui, por sinal, apenas os comandos de controle de velocidade. Importante ressaltar a ausência da câmera de ré. Para carros compactos, já é imprescindível: imaginem, então, em um veículo de dimensões colossais, com 5,36m de comprimento e 1,87m de largura.

Suspensão – É uma característica das S10 pular como cabrito montanhês, principalmente se estiver – como foi o caso desta avaliação – com apenas duas pessoas e de caçamba vazia. Só resta, se for o caso, enchê-la na capacidade máxima de carga (que é 1.134 litros).

Regulagem da coluna de direção – Existe apenas a de altura. Será que encareceria incluir a regulagem de distância, tão útil para homens/mulheres de menor tamanho? Pelo menos o banco do motorista tem ajuste de altura.

E mais
► A direção, com assistência elétrica, é levíssima, bem fácil de manuseá-la (à medida que a velocidade aumenta, ela fica mais pesada, por questões de segurança). No entanto, é difícil manobrar a picape em ambientes estreitos: o diâmetro de giro da direção é muito grande (segundo a GM, 13,4 metros).

Foto: GM/Divulgação
► A Midnight não é uma série especial: é parte integrante da gama de versões da linha 2019.
► De habitual, ou obrigatório num carro desse valor, há também ar-condicionado, volante revestido em couro, travas e vidros elétricos nas quatro portas com acionamento one-touch, concierge OnStar e central multimídia MyLink2 – com tela touch de sete polegadas, USB e as interfaces Android Auto e Carplay.

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