Alemães vão ajudar o Brasil a desenvolver carros elétricos
Governo germânico investirá € 5 milhões em programas que mirem o desenvolvimento da chamada eletromobilidade
atualizado
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É mais fácil encontrar um carroceiro nas ruas brasileiros, com uma mula escambichada, do que um carro elétrico. Diante disso, os governos brasileiro e alemão acabam de firmar um acordo para criar (ou melhorar ou aprimorar) planos para desenvolver e implantar tecnologias que possam resultar na chegada de veículos sadios, pouco poluidores.
Durante quatro anos, pelo menos € 5 milhões do Ministério de Cooperação Internacional e Desenvolvimento Econômico da Alemanha (BMZ) circularão por aqui “projetos de eletromobilidade”. Quer dizer: o dinheiro tem que ser usado em políticas industriais focadas nesse tema, como a criação de diretrizes para linhas de financiamento, apoio à disseminação de tecnologias inovadoras etc.
Como, por exemplo, os postos de recargas – que ninguém implantou até agora (e de que adianta ter carro elétrico sem ter onde carregá-lo?). O único carro totalmente elétrico vendido no Brasil é o BMW i3 (foto no alto). Você compra o veículo e o carregador, claro.
E ainda haverá apoio às soluções coletivas de transportes (ônibus, por exemplo). Além disso, os alemães darão consultoria ao governo, associações e representações do setor privado sobre a gestão da frota de veículos elétricos e híbridos, por exemplo.
O governo Dilma Rousseff aprovou, no ano passado, uma lei relevante: a que reduz o imposto de importação para veículos equipados com motores híbridos e elétricos. Até outubro, a taxa tinha alíquota de 35%.
O projeto vai ser coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).