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Pintura transforma vida de menino autista que se torna expositor

Na Semana Mundial de Conscientização do Autismo, conheça a história de Augusto Mangussi, goiano de 12 anos que conquistou o mundo com a arte

atualizado

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@augustomangussi/instagram/reprodução
Pintura de Augusto Mangussi
1 de 1 Pintura de Augusto Mangussi - Foto: @augustomangussi/instagram/reprodução

Augusto Mangussi, de 12 anos, é um menino autista que ganhou o mundo com a pintura. O goiano começou a praticar a atividade artística por estímulo da família, há três anos. A arte auxiliou na questão comportamental do menino, ajudando no foco, concentração e outras habilidades, além de proporcionar a ele visibilidade no Brasil e no exterior.

Na Semana Mundial de Conscientização do Autismo, a trajetória do garoto serve como inspiração a quem sofre do transtorno do espectro autista (TEA). A síndrome atinge um a cada 59 crianças no mundo, de acordo com o estudo Autismo no Brasil: Desafios, Mitos e Verdades.

O pequeno Augusto é prova concreta de como a arte conecta o indivíduo ao mundo e desmistifica ideias de que o portador da doença não gosta de contato ou barulho, e nem se relaciona com parentes e amigos. Augusto é um novo e promissor talento das artes plásticas, tendo no currículo mais de 200 obras e sete exposições, duas delas nos Estados Unidos.

Augusto Mangussi pinta telas
Augusto Mangussi

Os pais, o casal de advogados Larissa Lafaiete e Antônio Augusto Mangussi, contam que o talento foi descoberto por acaso, na escola inclusiva que a mãe fundou em Caldas Novas, interior de Goiás, após vivenciar situações de preconceito e despreparo em instituições de ensino por onde o filho passou.

Depois de fazer sucesso na instituição, o jovem artista começou a expor dentro da escola.

Mais tarde, Antônio criou uma conta no Instagram com os quadros assinados por Augusto. O perfil foi ganhando muitos seguidores. Hoje, são mais de 5 mil.

Do Instagram às exposições

Em 2019, Augusto recebeu um convite para participar do concurso de arte Eyecontact Festival Of Arts for Autists, em Ribeirão Preto. Essa foi a primeira de mais seis mostras em apenas um ano. No exterior, o pequeno colaborou na Expo Arte Arizona, da Focus Brasil, e na Semana de Arte Basel, em Miami.

Augusto foi destaque no 1º Congresso Internacional de Autismo realizado na Bahia, no início do mês de janeiro deste ano, onde seu trabalho foi apreciado pela 1ª dama do Estado de Goiás, Gracinha Caiado. Seus quadros também viraram estampa de roupas da Sui Generis Camisaria Feminina, uma marca de Curitiba, cuja dona tem um filho autista.

 

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MUITO ORGULHO DESSA PARCERIA ?❤️? Obrigado @elisaserranegra pela confiança e carinho ❤️. #repost @suigeneriscamisaria ・・・ Nosso vestido/camisão com estampa feita pelo @augustomangussi pode ser usado de várias formas: – mais despojado com um tênis, – com uma barra de renda e sandália de salto para um look festa!!! ✨✨VERSATILIDADE é um dos diferenciais da Sui Generis!!!✨✨#suigeneriscamisaria #modacomproposito #modacompropósito #modainclusiva #autismo? #autism #autismobrasil @fragaronaldo @gracinhacaiado @raquelpinho1 @andreabussade @luizapossi @karinamaluf @isadora1207 @isabellafiorentino

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Ele também já tem uma obra selecionada para a Expo Art New York, agendada para 24 e 26 de abril.

No dia a dia

O pintor concilia a arte com os estudos. Atualmente, está no 5º ano do Ensino Fundamental . Tem um ateliê em casa e, todos os dias, se dedica aos pincéis. Chega a pintar durante quatro horas seguidas, sem se desconcentrar. Ele tem uma professora que o orienta, mas segue o próprio processo criativo, e já demonstra ter um estilo próprio.

Presentes em várias palestras pelo Brasil sobre autismo, os pais de Augusto se dizem duplamente gratificados pela decisão de priorizar o desenvolvimento do filho. Segundo eles, outras famílias perceberam todos têm o direito de sonhar. Hoje, tentam ajudar o filho a, no futuro, cursar Belas Artes em Miami.

“Acho que trouxe caminhos para ele, abriu um horizonte. Nem digo o pintar em si, mas a arte de maneira geral. Por meio da arte, Augusto se sentiu importante. Começou a expor, as pessoas passaram a elogiar o que ele fazia. O que a arte trouxe de melhor foi habilidade social, algo que realmente é muito difícil trabalhar no autista”, afirma Larissa.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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