Festival do Rio abre em noite de gala e resistência
Realizado com doações, a 21ª edição do festival tem exibição de Adoráveis Mulheres
atualizado
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Rio de Janeiro (RJ) – A celebração da sétima arte no melhor estilo “faça você mesmo”. Esse foi o tom da abertura da 21ª edição do Festival do Rio, que ocorreu na noite dessa segunda-feira (09/12/2019) no Cine Odeon, no Centro do Rio de Janeiro, com a exibição do filme Adoráveis Mulheres.
Isso porque o evento – um dos mais prestigiados do Brasil quando o assunto é cinema – só pôde ser realizado graças às contribuições de milhares de pessoas e empresas por meio de crowdfunding (ou financiamento coletivo, em tradução literal), já que três apoiadores de peso não estão patrocinando a mostra em 2019: a Petrobras, o BNDES e a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Artistas defendem o festival
Os atores que compareceram ao evento fizeram questão de exaltar o que chamaram de “resistência da classe artística” em suas entrevistas. “Não podemos parar de fazer o festival. Os artistas se uniram e ele precisa acontecer todos os anos. Nós temos todas as condições de fazer cinema com competência e qualidade”, disse Edson Celulari.
Nathalia Dill também exaltou o evento. “Estou feliz por estar aqui celebrando a abertura desse festival que é um patrimônio brasileiro. Não podemos deixá-lo morrer. Também participei do financiamento coletivo e precisamos estar presentes no máximo de filmes que pudermos para mostrar que estamos fazendo arte e não vamos parar”, declarou a atriz.
Aliás, o discurso de Nathalia imprimiu o tom exato do que aconteceu, pois vários artistas foram à cerimônia de abertura. Além dela e de Edson Celulari, estiveram presentes nomes como Christiane Torloni, Dira Paes, Leona Cavalli, Chico Diaz, Antônio Pitanga, Antonia Fontenelle, Juliana Alves, Flávio Bauraqui e Karin Roepke, entre outros, ciceroneados pelos promoters Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.
Mariana Ximenes homenageia o cinema
Pouco antes da exibição de Adoráveis Mulheres, Mariana Ximenes, apresentadora da noite de abertura do festival, agradeceu a todos que contribuíram para a realização do evento. A atriz destacou a sétima arte no país, mas mostrou temor pelo futuro.
“O cinema brasileiro nunca esteve tão forte”, disse. “Ao mesmo tempo, nunca estivemos tão ameaçados, em tempos tão obscuros. Este é um momento de resistência”, completou Mariana, que usava um vestido reproduzindo cartazes de vários filmes nacionais, como Macunaíma, O Pagador de Promessas, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tropa de Elite, Xica da Silva e O Auto da Compadecida, entre outros.
Em seguida, teve início a exibição de Adoráveis Mulheres, da diretora norte-americana Greta Gerwig. Estrelado por Saoirse Ronan, Emma Watson e Meryl Streep, o longa-metragem conta a história de quatro irmãs que amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os EUA enfrentam uma sangrenta guerra civil, no século XIX.
O Festival do Rio irá até o dia 19 de dezembro e terá a exibição de mais de 100 filmes em 15 cinemas espalhados pelo Rio de Janeiro.
Confira os cliques:
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