Preocupado com sabatina, governo articula apoio a Eduardo no Senado
Notícias ruins chegaram ao front bolsonarista: Mara Gabrilli e Renilde Bulhões (suplente de Collor) tendem a votar contra o filho “02”
atualizado
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O governo de Jair Bolsonaro (PSL) fez as contas e viu que, apesar da fala otimista do presidente no evento de 200 dias de governo, a aprovação do filho Eduardo para embaixador em Washington não está garantida no Senado. Na quinta-feira (18/07/2019), notícias negativas chegaram à equipe palaciana. A senadora tucana Mara Gabrilli (SP) tende a votar contra o filho “02”, assim como Renilde Bulhões (Pros-AL), suplente de Fernando Collor (Pros-AL), afastado por 120 dias iniciados em abril. Dessa forma, as atenções se voltaram aos articuladores da Casa.
Um dos movimentos que já foi iniciado é o de tentar garantir a colaboração do diretor do Instituto Legislativo Brasileiro, órgão de capacitação do Senado, Márcio Coimbra. Aliado de Davi Alcolumbre (DEM-AL), com quem já trabalhou, Coimbra também é próximo à equipe econômica, que ainda não se manifestou a respeito da indicação do filho presidencial. A preocupação tem a ver com o seu passado no governo: ele saiu da Apex após desentendimentos com Letícia Catelani, ex-diretora da agência que acabou demitida.
Um posicionamento contrário da equipe econômica, ou do presidente do Senado, poderia ser fatal nas ambições presidenciais de ter o filho na principal embaixada brasileira no exterior. Coimbra e Eduardo tem história: foi ele quem apresentou Eduardo a parte da cúpula do partido Republicano, nos Estados Unidos, de quem tem proximidade devido à carreira acadêmica.
Outro movimento, relatam pessoas próximas a Eduardo, envolve um pedido do presidente. Ao longo do recesso parlamentar, iniciado nesta quinta-feira (18/07/2019), Bolsonaro quer que Eduardo fique a paisana, sem envolver-se pessoalmente em polêmicas. Dessa forma, com os ânimos mais calmos, a negociação seria mais fácil.