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Em comissão, Flávio Bolsonaro leva bronca por falar do Flamengo

Episódio ocorreu durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos, que debatia o projeto de divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal na terça-feira (15/10/2019), o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), esbravejou para um grupo de parlamentares que conversavam sobre, nas palavras dele, “o jogo do Flamengo”.

O colegiado discutia o projeto que divide os recursos do megaleilão do pré-sal, do qual Aziz é relator.

O senador estava lendo o seu parecer sobre o texto. Durante a reunião, o senador Esperidião Amin (PP-SC) fez uma breve interrupção. Foi quando Aziz reclamou.

“Só um minutinho. Por favor, senador [em referência a Amin]. Eu estava lendo o relatório e Vossa Excelência, junto com o senador Flávio [Bolsonaro, do PSL-RJ], ficou batendo papo alto e comentando, falando sobre o jogo do Flamengo”, disse.

A fala do senador Omar Aziz ocorreu quando o colegiado debatia se havia ou não um acordo de líderes para que o projeto fosse votado na comissão na manhã de terça-feira e no plenário do Senado no mesmo dia.

Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), é torcedor do Vasco da Gama, arquirrival do Flamengo. O time rubro-negro lidera o Campeonato Brasileiro.

Em resposta a Aziz, o senador Amin disse que não estava alheio à discussão, mas “comentando a clareza do relatório”.

O relator então disse: “Vamos marcar uma reunião. A gente janta e bate papo”.

Depois do episódio, a comissão aprovou o projeto por unanimidade. No mesmo dia, o texto foi aprovado pelo plenário, também de forma unânime.

O projeto aprovado na noite dessa terça destina 30% do que a União arrecadar no leilão aos entes federados. Estados e Distrito Federal devem receber 15% — ou R$ 10,9 bilhões, se todos os campos forem leiloados como o previsto — e municípios receberão os outros 15%. Os números foram definidos na semana passada, em votação na Câmara, e mantidos no texto relatado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM).

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