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Xamanismo e outono: momento é de semear somente o que queremos colher

Segundo essa tradição ancestral, entramos no período de cuidarmos do nosso corpo físico, fortalecer nossa alma e promover a cura interior

atualizado

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Como expliquei aqui, no xamanismo dividimos o ano de acordo com as quatro direções e estações.

No ultimo dia 20 de março, nos despedimos do verão (direção sul) para darmos as boas-vindas ao outono, direção oeste da roda medicinal no Hemisfério Sul.

Essa direção representa o elemento terra – as montanhas, rochas, o reino mineral –, no qual damos ênfase especial ao fortalecimento do nosso corpo físico.

Segundo nos explica Diego Leite, estudioso do assunto e mestre-xamã no Espaço Regenerar, em Cotia (SP), no outono nos inspiramos na força e na estabilidade das montanhas e rochas. Dedicamos essa estação para dar atenção especial à saúde e aos cuidados em relação à alimentação, a fim de termos uma vida saudável, longa e com vitalidade.

A direção oeste representa a autossuficiência, o desenvolvimento da força interior e o reconhecimento de nossas fraquezas, limitações e incapacidades, e também de como superá-las.

Também damos atenção ao aprimoramento dos exercícios físicos, de modo que possamos evoluir e dar um passo à frente. Por exemplo, se corremos 5km, é o momento de nos desafiarmos a correr mais, de aumentar a carga dos pesos na academia e assim por diante.

Isso porque nas tradições xamânicas, para se ter êxito nas viagens em nível de realidade de altas frequências, é muito importante o preparo do corpo físico. Daí a importância de sermos disciplinados em relação aos exercícios e à alimentação. Só assim para assimilarmos os ensinamentos. Essa é a chamada direção dos guerreiros.

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Existem alguns espíritos guardiões do outono. De um lado, os tigres, jaguares, pumas e leões nos brindam com suas medicinas de vitalidade, força, bravura, potência e saúde plena. Eles nos ensinam as habilidades de equalizar nossa energia vital no que diz respeito à nossa alimentação, metabolismo, descanso e atividade, além de nos ensinar a viver com plenitude, estado de presença e a reconhecer a beleza e a proteção do momento presente e, assim, aperfeiçoar os níveis de atenção.

Os espíritos guardiões do outono trazem os ensinamentos de como ser eficientes nas empreitadas, como aproveitar as oportunidades de avanço na vida material e também sobre a saúde financeira.

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A grande ursa-cinzenta também representa a direção oeste e, com sua raça e bravura, nos ensina a entrar na nossa caverna interior e nos harmonizar com os inimigos internos, com coragem e disposição. Ela nos ensina a desenvolver a autoestima e a liderança, bem como a nos comunicar com firmeza e clareza.

O tempo é de acessar nosso lado feminino de forma profunda, esse lugar de calmaria e escuridão onde nasce todo poder criativo e capacidade curativa. Ela nos ensina a cuidar da nossa higiene, do conforto do nosso lar e a arranjar e economizar recursos para o período da hibernação.

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O outono é conhecido como a estação das últimas colheitas, na qual os últimos frutos são colhidos. Período no qual é necessário separar o joio do trigo e aprender a semear apenas o que queremos colher.

O elemento terra é a cor do escuro da noite, no qual se inicia o processo de retidão. Chega o momento de escolher nossos compromissos com sabedoria, de modo a não nos sobrecarregarmos e diminuirmos nossa energia vital. O momento pede recomposição e introspecção.

É hora de sermos agentes da nossa própria cura. Que todos tenham um excelente outono!

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